Operação desarticula quadrilha que desviava mais de 10 mil litros de combustível por mês no Acre

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Nesta segunda-feira, 8, o delegado Pedro Paulo Buzolin, que comandou as investigações para apurar desvios de combustíveis no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), descartou a participação de servidores administrativos efetivos e policiais penais do Instituto.

Na coletiva, Buzolin disse que o esquema era operado por um servidor comissionado.

“A investigação que durou quase 3 anos, não identificamos ninguém do quadro permanente do Iapen. Foi ventilada a participação de dois policiais penais, mas isso não procede. Essa investigação iniciou-se em 2018”.

Ele continuou: “Chegamos há mais de uma dezena de pessoas que tinham participação no crime, adquirindo esse combustível abaixo do preço praticado nas bombas”, encerrou.

Segundo a PC, cada abastecimento era realizado entre mil e três mil litros. Um funcionário do Instituto de Administração Penitenciária foi preso, pois era o responsável por liberar o combustível no sistema de gestão de abastecimento, para que um terceiro revendesse. Esta pessoa também era responsável por cooptar os empresários para a aquisição do combustível, e também foi presa na deflagração da operação.

Os delegados destacaram que mais de dez empresários e fazendeiros foram identificados como compradores do combustível desviado, e irão responder pela pratica do crime, em conjunto com os responsáveis pelo desvio do combustível. Dois deles receberam ordem de prisão pela pratica do crime de posse ilegal de arma de fogo e foram encaminhados a delegacia de flagrantes.

Os dados coletados apontam o desvio de aproximadamente dez mil litros de combustível por mês, e vinha ocorrendo ao menos desde o ano de 2018, gerando um prejuízo milionário ao estado do Acre.

Os investigadores alegam que não há comprovação de participação de postos de combustíveis, os quais não possuem qualquer vínculo com o Estado. O Estado do Acre utiliza sistema de gestão de abastecimento, com uma empresa contratada para realizar o abastecimento de toda a frota do Estado. Esta empresa é quem credencia os postos de combustíveis a serem utilizados pelo Estado e quem faz o pagamento aos postos, após receber o valor do Estado. Não há qualquer indício de participação da empresa contratada nem dos postos de combustíveis.

Os mandados de buscas cumpridos nos postos de combustíveis visavam a coleta de provas da pratica do crime pelos investigados, bem como a participação de terceiros envolvidos, e do montante de combustível desviado, e não buscando comprovar a participação dos postos no esquema fraudulento.

Ao todo já foram apreendidos 12 veículos, aproximadamente 30 mil reais e cinco armas de fogo e dois mil litros de combustível desviados do IAPEN. Os bens apreendidos visam recompor o erário público.

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