Com greve dos médicos, crianças ficam sem atendimento em posto de saúde de Rio Branco

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Paralisação dos médicos, que afeta ao menos 15 unidades completou cinco dias nesta sexta-feira (12). TCE orientou que, por lei, não é possível fazer reajuste.

A greve dos médicos em Rio Branco está no quinto dia e nesta sexta-feira (12) pacientes pediátricos tiveram as consultas suspensas na URAP Rosângela Pimentel, na capital. Os médicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) reivindicam a reforma do Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR), além do reajuste do salário base da categoria, que, segundo o sindicato, é de R$ 1,8 mil.

A dona de casa Maria da Liberdade está com a filha de 2 anos com febre e gripe, mas ficou sabendo ao chegar no posto que a consulta, que já estava agendada, não ocorreria.

“Já tava marcado com o pediatra, mas, quando cheguei aqui, disseram que quem tinha consulta com o pediatra podia voltar porque ele estava de greve. Como também tenho uma consulta marcada, estou esperando, mas para minha filha não consegui. Agora é aguardar, porque não dá pra reagendar, porque não sabe nem quando o pediatra vai voltar. Não tenho condições de pagar uma consulta”, disse.

Já a dona de casa Maria da Conceição da Silva estava com dois netos, de 1 e 2 anos, com febre há alguns dias e ficou sabendo que não teria pediatra também ao chegar no posto. Para não perder a viagem, ela disse que vai ver se consegue consulta pelo menos com uma enfermeira.

“Não tem pediatra e o médico que está não consulta criança. Aí, vamos para enfermeira para não ter vindo à toa, porque nesse posto aqui somos humilhados. Meus netos estão doentes, com muita febre e quando chega aqui é uma situação dessa”, lamenta.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC) informou que a Câmara de Vereadores chegou a fazer uma consulta sobre os pedidos feitos pela categoria e que a orientação é que neste momento não haja reajuste.

“A Câmara de Vereadores deverá sim ser notificada de que no momento, por força de lei, não é permitido o reajuste. No entanto, qualquer alteração neste sentido poderá ser feita desde que com efeito financeiro para o exercício seguinte, em 2022”, destaca à nota.

G1

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