Prefeitura vai ter que gastar R$ 34 milhões para garantir abastecimento de água na capital

A prefeitura de Rio Branco precisará desembolsar um aporte de R$34 milhões de recursos próprios, para garantir a viabilidade do programa de reversão do sistema de distribuição de água nos bairros. O novo presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB) Edvaldo Fortes, retomou as tratativas com a diretoria do Departamento Estadual de Água e Saneamento (DEPASA) para ter acesso a receita mensal da empresa pública e o déficit acumulado ao longo dos últimos 12 meses. “Temos garantido a quantia de R$ 20 milhões para a municipalização do sistema”, revelou o secretário municipal de Finanças, Antonio Cid Ferreira.

A previsão que o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB) assume o sistema de distribuição de água no mês de janeiro de 2022. O novo cronograma de reversão do sistema, prevê a autarquia municipal trabalhe no vermelho por três meses, com a previsão de melhorar a arrecadação no mês de abril do próximo ano. O primeiro passo, segundo Cid, é assegurar os recursos necessários na Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano.

Revelou que nova gestão contará com a transferência de alguns servidores do Depasa, responsável pela Estação de Tratamento de Água (ETA), além da contratação temporária do pessoal da fiscalização e distribuição da água tratada nos bairros da capital acreana. “O nosso maior desafio é garantir a melhoria no atendimento da população rio-branquense”, declarou.

Observou que o prefeito Tião Bocalom busca a instalação de mecanismos que permita aumentar a arrecadação do serviço prestado, sem majorar o preço da tarifa cobrada dos consumidores rio-branquenses “A preocupação do prefeito Tião Bocalom que a água chegue a todas as casas, mas que seja cobrada uma tarifa justa da população”, ponderou.

A prorrogação da reversão ocorreu porque o município tem impedido legalmente de realizar novas contratações de servidores para assumir o sistema de distribuição de água e arcar com outros gastos com insumos, por conta de impedimento da Lei Complementar (LC) 173/2020. A prefeitura de Rio Branco assumiria a municipalização do sistema de distribuição de água na primeira semana de outubro deste ano, diante do impasse o prazo foi prorrogado para janeiro de 2022.

Cezar Negreiros, para A Tribuna