“O Brasil está sendo comandado pelo mercado financeiro”, diz Leo de Brito

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“O banqueiro André Esteves disse quem é que manda no nosso país. Diga-se de passagem, quem manda sem ter nenhum voto. Ele mostra a força que o mercado financeiro tem sobre as instituições brasileiras no governo Bolsonaro”, declarou o deputado federal Leo de Brito (PT) durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 26.

O parlamentar fez referência a um áudio atribuído a André Esteves divulgado na imprensa, no último fim de semana. Leo de Brito ressalta que, entre outras coisas, no áudio, Esteves usou palavras de misoginia contra a ex-presidenta Dilma e fez comparações ao golpe de 64 com o golpe de 2016.

“A gente aqui votando vários projetos, várias matérias e o senhor André Esteves rindo da ligação que o presidente da Câmara, Arthur Lira, fez para ele, para saber como ficaria a situação depois do pedido de demissão de diversos secretários do Ministério da Economia, na semana passada”, comentou.

Leo de Brito destacou ainda que enquanto os brasileiros sofrem com o país voltando ao mapa da fome, com constantes aumentos nos preços dos alimentos, do gás de cozinha, dos combustíveis e da energia elétrica, o governo de Bolsonaro favorece o mercado financeiro.

“André Esteves disse que o presidente do Banco Central ligou para ele para saber se tinha que baixar ou não a taxa de juros, inclusive, manifestando a opinião que a taxa de juros estaria muito baixa. É essa a realidade das votações que nós tivemos na Câmara. Inclusive, que eles vieram na Casa fazer emendas escritas, como na reforma trabalhista, na PEC do teto de gastos, na PEC das terceirizações, das diversas emendas constitucionais que só favorecem o mercado financeiro, enquanto isso o povo está sofrendo”, concluiu Leo de Brito.

Entenda o vazamento de áudio de Esteves

O áudio atribuído ao banqueiro André Esteves foi gravado durante um evento fechado do BTG Pactual com clientes. No áudio Esteves dono do banco BTG revela que recebeu ligações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira e de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em conversas que, segundo o banqueiro, ele discute e opina sobre a política econômica do Brasil.

Além disso, o banqueiro compara o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, com o golpe militar de 1964.

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