Ima confusão envolvendo um jornalista e o filho de um empresário e produtor rural no município de Plácido de Castro terminou na delegacia com denúncia de tentativa de homicídio.
A história teve início com o registro de um boletim de ocorrência de Francisco de Jesus Alves, que se identifica como empresário e também é jornalista, dono de um site no município de Plácido de Castro. Chicão, como é conhecido na região, denunciou Gece Neto, filho de um importante empresário da região, pelo crime de tentativa de homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrências registrado na delegacia de Plácido, Chicão conta que na noite de domingo, os dois teriam se encontrado em um ramal, quando Neto disse que ia matá-lo. Chicão contou que um amigo que é Uber o colocou dentro de seu carro com destino à Plácido. No entanto, afirmou que Neto o teria perseguido em seu carro. Neto teria o teria alcançado e tentado agredi-lo. No BO, Chicão relata que Neto só não conseguia tirar sua vida porque surgiu no ramal um pecuarista da região identificado como Adão que o levou até próximo à delegacia de polícia. Em seu depoimento, Chicão disse que o motivo foi uma reportagem publicada em seu site que fala sobre uma operação das forças de segurança pública e cita o pai de Neto, Gece Filho, dono do frigorífico da região.
Neto nega ameaça de morte e sequestro e diz que Chicão foi quem insinuou está armado
O site ac24horas foi em busca de ouvir o outro lado da história e conseguiu conversar com Gece Neto, que fez um relato, onde afirma ser a verdade dos fatos e conta que também registrou um boletim de ocorrência contra Chicão.
Neto afirma que foi Chicão quem o abordou. “Fui convidado a ir em um aniversário, na noite de ontem, e chegando na entrada do ramal eu encontro com o meu primo e a mãe dele, parei pra falar com ele e conversamos um pouco. Minutos depois, o Chicão chegou se aproximando de mim e tentando abrir um diálogo comigo. Ele a todo momento ficava insistindo em ter uma conversar, porém eu me recusei e disse que não queria conversar com ele, e por motivos que o mesmo sabia”, afirma Neto.
Ele conta que Chicão insinuou que estava armado. “Aleguei que tínhamos bebido e que poderíamos conversar sóbrio outro dia. Depois disso ele saiu em direção ao meu carro e fechou a porta com força excessiva, instigado fui até ele, e perguntei o que ele tinha contra mim. Ele colocou a mão abaixo da camisa, insinuando que estava armado. Perguntei o que era que eu devia a ele, qual era o problema dele comigo e com minha família. Começamos a discutir, e um amigo em comum chamou ele para ir embora, e ele continuou a me xingar e saiu olhando para trás com a mão debaixo da camisa. Passando uns 2 minutos me retirei, de volta para casa vi que o carro deles estava na minha frente. Pedi para o motorista parar, quando pararam fui até a porta e começamos a discutir novamente. Peguei no braço dele, perguntei porque que ele não resolvia comigo ao invés de atacar a minha família”, conta.
Neto nega que tenha tentado atropelar, sequestrar ou matar Chicão. “Em nenhum momento, tentei atropelar ninguém e muito menos sequestra-lo. Até porque, minha metragem é 1,67 e ele dá uns 2 metros de altura. Sendo assim, jamais conseguiria sequestrar ele. Mas a verdade, há muito tempo, a minha e outras famílias estão sendo denegridas. Ele não apura os fatos e faz plágio de reportagens denegrindo a imagem de muitos placidianos. Não tem problema em ele ser jornalista, mas que seja com ética e respeito pelos nossos placidianos”.
O filho do empresário de Plácido afirma que a história é inventada e que está pronto para colaborar com a justiça. “Essa história que ele inventou, é apenas para ganhar mídia, o que ele quer é mídia. E, para isso, ele precisa inventar mentiras e falsas acusações. Desde ontem, ele está coagindo os meus familiares com essa história. Estou pronto para colaborar com a verdade dos fatos na justiça, e desmentir esse filme de ficção que ele criou”, encerra.