Protesto contra deputado causa tumulto e interrompe sessão na Câmara de Xapur

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O plenário da Câmara Municipal de Xapuri foi palco de um fato inusitado durante a sessão ordinária da última terça-feira (28), quando os trabalhos foram paralisados e um projeto de lei encaminhado pelo Poder Executivo, que estava em apreciação foi retirado de pauta por conta de uma manifestação silenciosa feita por uma pessoa que se encontrava na plateia.

O protesto foi feito por meio de um cartaz que dizia “Fora, deputado Antônio Pedro”, situação que foi suficiente para que os vereadores do Democratas, partido do parlamentar, se revoltassem e pedissem a retirada do manifestante, o que não foi aceito pelos demais vereadores sob a justificativa de que a manifestação silenciosa é permitida pelo Regimento Interno da Casa.

A vereadora Alarice Botelho (PT) disse ao ac24horas que o presidente em exercício da Câmara, Kaico Roque, pediu para que o manifestante se retirasse e que ela e o vereador Ronaldo Ferraz (MDB) exigiram que o regimento fosse cumprido. Após isso, a sessão foi suspensa por 10 minutos, segundo ela.

“E tinha um projeto importante de Adicional de Crédito para a Secretaria Municipal de Saúde para ser votado. Como nós fomos a favor da permanência do manifestante, o vereador Alcemir Fernandes pediu vistas do projeto para o qual ele mesmo já tinha dado parecer favorável por ser o relator”, disse.

Kaico Roque (DEM) respondeu que apenas pediu para que o manifestante guardasse o cartaz, atendendo ao pedido da vereadora Alarice para que ele permanecesse no local, com base no Regimento interno da Câmara. Ele também disse que após alguns questionamentos, interrompeu a sessão por 10 minutos.

O vereador acrescentou que após a suspensão, os trabalhos foram retomados normalmente, mas a situação voltou a ficar tumultuada porque a vereadora petista leu na tribuna, durante o chamado “pequeno expediente”, o teor do cartaz que o manifestante ainda segurava na plateia.

O clima na Câmara de Xapuri não é bom desde a eleição da atual Mesa Diretora que, inclusive, já foi parar na Justiça. Os vereadores do PT, MDB e PSD, em um total de quatro, impetraram mandado de segurança para anular o processo sob a justificativa de não ter sido respeitado o princípio da proporcionalidade partidária na composição dos cargos da direção da Câmara, que ficaram em poder apenas do DEM e do PSB.

Após o juiz da Vara Única de Xapuri, Luis Alcalde Pinto, acatar parcialmente o mandado em pedido de liminar para anular a eleição, o processo foi suspenso e foi determinada a realização de uma nova escolha da mesa diretora. No entanto, nada mudou, pois insatisfeitos com a designação, pelo juiz, do vereador Clemilton Lima (DEM) como presidente interino, os vereadores do PT, do MDB e do PSD não compareceram à nova eleição.

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