Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que o projeto de lei que pede autorização aos parlamentares para a contratação de empréstimo superior a R$ 268 milhões junto ao Fonplata, organismo internacional com sede em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, está incompleto. De acordo com o parlamentar, o projeto não traz o percentual da taxa de juros, por exemplo, e onde será aplicado especificamente.
“O estranhíssimo é perguntar quem são os lobistas do Fonplanta. O governo do Estado está autorizado a contratar operações de crédito com o Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, Banco Mundial, bancos que operam no Brasil, com a autorização da Secretaria do Tesouro. A mensagem aqui não trata de taxa de juros, a justificativa não trata desse aspecto. No Brasil, não há juros mais baratos que a Caixa Econômica Federal. A pergunta que terá que ter resposta é: ‘quem são os lobistas do Fonplata?”.
Edvaldo Magalhães lembrou que esta é a quarta operação de crédito feita pelo governo Gladson Cameli. A primeira foi autorizada em outubro de 2019 na ordem de R$ 392.897.407,71 junto à Caixa Econômica Federal. Ainda em 2019, o Acre contraiu R$ 1 bilhão junto ao Banco Brasil Plural. Outros R$ 268 milhões foram autorizados junto ao Banco do Brasil S/A. Em abril de 2020, R$ 510 milhões foram contraídos junto à Caixa Econômica Federal.
“Esse debate essa Casa tem que fazer de forma transparente. Aí tem, tem orelha, embora como freira está escondida”, disse o parlamentar.