STF manda soltar cofundador da Telexfree depois que Bolsonaro negou extradição para os Estados Unidos

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O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu hoje pela revogação de sua prisão preventiva do cofundador da Telexfree Carlos Wanzeler, após o presidente Jair Bolsonaro vetar o pedido de extradição para os EUA. Por meio da AGU (Advogacia-Geral da União), Bolsonaro argumentou que a extradição só deveria ocorrer ao final do processo criminal.

O ministro Lewandowski então determinou que a prisão de Wanzeler fosse revogada, porque “não faz sentido manter preso por tanto tempo e impôs medidas restritivas alternativas. Wanzeler foi preso pela Polícia Federal em fevereiro de 2020, em um hotel em Búzios (RJ), onde iria curtir o Carnaval ao lado da família e de um casal de amigos, segundo sua defesa.

As medidas impostas para a libertação do sócio da Telexfree incluem a entrega de seus passaportes brasileiro e estadunidense à Polícia Federal, a proibição de sair do País, devendo apresentar-se em 24 horas após sua soltura ao Juízo 1ª Vara Federal Criminal de Vitória (ES); o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; o comparecimento e ao juízo de 15 em 15 dias, além da utilização de tornozeleiras eletrônica, dentre outras medidas.

O brasileiro é considerado foragido pela Justiça norte-americana, acusado de comandar uma pirâmide financeira que movimentou US$ 1 bilhão. Wanzeler não podia ser extraditado até então porque a Constituição do país impede a extradição de brasileiros ao exterior. Porém, no ano passado, a 2ª Turma do STF confirmou a decisão de retirar de Wanzeler a cidadania brasileira, pois adquiriu a cidadania norte-americana em 2009.

Wanzeler foi preso por duas vezes em menos de três meses. Ele e seu antigo sócio, Carlos Costa, foram detidos preventivamente no final de dezembro, no âmbito da operação Alnilam da Polícia Federal.

A Tribuna

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