Gildo da Silva Conceição, de 54 anos, mora sozinho em uma propriedade com cerca de três hectares no Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório (Cferg), entre os municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Isolado há 25 anos no Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório (Cferg), que fica entre as cidades acreanas de Tarauacá e Cruzeiro do Sul, interior do estado, o seringueiro e extrativista Gildo da Silva Conceição, de 54 anos, recebeu, esta semana, doações das equipes da Secretaria de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi) e do Centro Integrando de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer).
Ele só foi localizado pelas equipes em 2019, quando faziam levantamentos na área. Sem condições de ir até o local, as equipes do governo conseguiram há cerca de três meses o primeiro contato com o morador com ajuda do helicóptero harpia 03, do governo do estado.
O extrativista mora em uma clareira de cerca de três hectares aberta no meio da floresta sem energia elétrica e água encanada. Segundo o gestor do complexo de floresta, Victor Melo de Lima, em um raio de 27 km da casa do morador é apenas floresta. No local há a casa de Gildo e uma casa de seringa.
Gildo Conceição vive no local há 25 anos e não tem esposa e nem filhos. Para chegar até a BR-364, o seringueiro caminha três dias dentro da mata, pega um transporte e vai até a cidade.
Ele tira o sustento da seringa que retira da floresta. Uma vez por ano, Gildo vai até a cidade de Tarauacá vender sua produção e comprar mantimentos.
“Conseguimos identificar essa área dele por satélite, vimos uma abertura no meio da floresta, em um raio de 27 km mais ou menos é só floresta. Quando se olha de cima não consegue ver a clareira, só se tiver em algum ponto específico para ver a abertura mínima de quase três hectares”, contou o gestor.
Por ser um lugar de difícil acesso, o seringueiro não possui telefone e a reportagem não conseguiu contato com ele.
G1