Sala vai abrigar pacientes que aguardam por internação. Além disso, direção quer conscientizar pacientes que não são casos de urgência a procurarem postos de saúde e UPAs.
Com uma média de 6 mil atendimentos mensais, a direção do Pronto-Socorro de Rio Branco, maior hospital de alta complexidade do Acre, informou que a unidade vai passar por uma readequação no atendimento para diminuir a superlotação do local.
Para isso, vai ser criada a sala de decisão clínica. A expectativa é que o funcionamento inicie dia 12 de agosto, segundo informou a gerente geral do PS, Carolina Pinho, que assumiu a direção nesta semana.
“Para o usuário a gente espera que o atendimento fique mais rápido e resolutivo. Vai mudar dentro do PS a forma como a gente se organiza e nossa previsão é dia 12 de agosto mudar tudo porque ainda estamos apresentando para as equipes”, afirma.
Carolina diz que essa readequação é mais do funcionamento interno para que os atendimentos sejam mais eficazes dentro e o usuário melhor atendido e o servidor também mais satisfeito e menos sobrecarregado.
Mudança
Carolina explica que da forma atual o atendimento é feito, a partir da chegada do paciente que faz a ficha, é atendido, e o médico, se entender que ele deve ser internado, manda o paciente para a sala de observação, onde ele espera pelos exames, especialista, se for o caso.
Com a criação da sala de decisão clínica, o paciente pode ficar até 24 horas, e passa por avaliação se vai ficar ou não internado.
“Então, o paciente vai chegar, vai ser atendido e ali na frente mesmo faz os exames necessários para uma triagem, com horários específicos, e os plantonistas já avaliam lá mesmo se há necessidade de cirurgia, cardiologia nessa sala de decisão clínica e o médico que atendeu na frente reavalia esse paciente para ver se ele precisa mesmo ser internado”, explica a mudança.
A diretora disse que a expectativa é de reduzir internações e também a espera.
“Teve um dia, por exemplo, que foram internados 10 pacientes para cirurgia, mas só dois eram realmente cirúrgicos. Só que não existe esse espaço para o paciente ficar esperando, ele fica lá na frente e não tem o mínimo de conforto. Então, aquele que tiver alguma dúvida, ele vai para a sala de decisão, pede os exames ali, e vão ser feitos mais rapidamente”, continua.
Além disso, a gerente diz que também vai otimizar quem fica ou vai para outros hospitais. “Porque a ideia é diminuir a superlotação. E junto disso, a gente quer conscientizar a população que o PS é uma unidade de atendimento de urgência. E temos uma demanda muito grande de pacientes crônicos e não é esse nosso atendimento. Nosso atendimento é de alta complexidade para o paciente que tem risco de morte.”
Para o paciente que não é caso de urgência, a orientação é que busque o posto de saúde, em casos de doenças crônicas, por exemplo, que o caso agravou, atendimento deve ser buscado nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
“Nossa ideia é organizar esse fluxo dentro do PS e depois expandir para outras unidades porque somos uma rede então queremos organizar tudo, inclusive no interior”, conclui.