No retorno dos trabalhos presenciais na Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira (10), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que o governador Gladson Cameli (PP) deve um pedido de perdão aos aprovados no cadastro de reserva da Polícia Militar e cumprir a palavra dele, convocando-os.
Edvaldo Magalhães afirmou a Assembleia precisa mediar o diálogo e pediu uma reunião com uma comissão de candidatos que acampam desde a semana passada o hall de entrada da Aleac.
“Não podemos ficar apenas nas falas e nos atos de solidariedade, porque isso não resolve absolutamente nada. Quero propor que vossa excelência [presidente Nicolau] discuta com a Mesa Diretora, para amanhã, no centro do plenário a gente possa receber uma comissão deles, fazer uma conversa. É preciso dar um próximo passo. Não pode ser um passo dos deputados A ou B, mas é preciso um passo dessa Casa”, disse Edvaldo Magalhães ao apresentar um ofício encaminhado pelo Comando Geral da PMAC à Casa Civil mostrando que há 371 vagas em aberto somente em 2021.
O parlamentar disse que Gladson usou “o santo nome de Deus em vão” ao afirmar que convocaria os candidatos nas escadarias do Palácio Rio Branco no ano passado. “O governador deu uma voltinha no quarteirão e voltou com uma palavra mágica e incendiou coração e mentes. Aquelas palavras fizeram jovens chorarem. Naquele dia, o governador utilizou o santo nome de Deus em vão. Houve aquele famoso telefonema: ‘liga para o seu pai, diga que você vai ser soldado da polícia militar”, lembrou.
Por fim, o líder da oposição afirmou que orçamento tem e não há impedimento legal para a não convocação dos candidatos, isso porque trata-se de vagas de reposição e não a criação de novos quadros.
“O que falta é honrar a palavra. Quem usou o santo nome de Deus em vão, está precisando pedir perdão”, ressalta.