O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anda pelos quatro cantos falando a respeito de uma economia em torno de R$ 200 milhões de reais que teria feito nos meses de sua recente gestão. Fácil economizar quando não se investe na cidade, quando não se cumpre as promessas de campanha. É uma matemática muito simples para um professor que não dá aula desde a década de 80: deixa de gastar investindo e o que fica em caixa ele considera economia. Burra esta matemática, pois o dinheiro que fica parado, não circula, e não vira investimento em uma cidade não está cumprindo seu propósito.
Bocalom prova mais uma vez que Rio Branco cometeu um equívoco ao elegê-lo. Ele está mais para um gerente de banco da década de 60 do que para um gestor do século XXI.
Aos rio-branquenses não interessa saber se Bocalom, como Zé Esteves, o pai de Tieta de Jorge Amado, guarda dinheiro debaixo do colchão até desvalorizar ou em qualquer banco. O que interessa é que ele cumpra seu dever de administrar aplicando o dinheiro público.
Outro fato de relevância é que Bocalom não consegue subir em popularidade e isso por seus motivos mais óbvios. Bocalom não sabe administrar o recurso público e nem os problemas, exemplo disso é o que ele vem fazendo com as denúncias de assédio sexual contra Frank Lima. Ele simplesmente as ignorou, deu uma desculpa diplomática e não afastou o secretário de Saúde do cargo como se esperava.
Para resumir o enredo: Rio Branco elegeu um professor de matemática ultrapassado, com métodos arcaicos e esqueceram quem precisamos de um gestor.
*Gina Menezes é jornalista, colunista política e sócia-fundadora do jornal Folha do Acre