Acreano denuncia que foi agredido por policial em Goiânia por ser gay; veja o vídeo

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Imagens mostram quando PM chama jovem de ‘viadão’, dá um tapa em seu rosto e saca uma arma de fogo, em Goiânia. Corporação informou que afastou militar e que apura o caso.

O estudante de medicina Lucas Leite, de 23 anos, que é gay, denuncia que foi agredido e ameaçado por um policial militar em uma mercearia de Goiânia. Um vídeo mostra quando o PM chama Lucas de “viadão”, dá um tapa em seu rosto e, em seguida, saca uma arma de fogo e aponta para o jovem (veja acima).

“Eu achei que ia morrer. Pedi a Deus que me desse força naquele momento. Ainda não sei como saí vivo daquela situação”, afirmou o jovem.
Em nota, a PM informou que o policial, que estava de folga quando aconteceu o fato, foi afastado de suas funções operacionais e que foi instaurado um procedimento administrativo para apurar o caso.

“A Polícia Militar de Goiás reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros e que o caso será apurado com o rigor devido”, completou.

O G1 não conseguiu localizar o policial militar que aparece nas imagens para que ele pudesse se posicionar sobre o ocorrido.

O caso aconteceu às 19h36 da última segunda-feira (9). Um outro vídeo registrado pela câmera de segurança do estabelecimento mostra quando o jovem parece conversar com o PM. Segundos depois, aparentando estar exaltado, o policial militar, que estava sentado, levanta e vai em direção a Lucas.

Em seguida, o militar agride o jovem com um tapa e, com uma arma em punho, vai para cima do estudante. O dono do estabelecimento ainda tenta intervir e retirar o policial de perto do jovem.

VEJA O VÍDEO

Investigação

Após a confusão, o estudante registrou um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes de Goiânia. No documento, Lucas afirma que a discussão começou quando o policial militar questionou o motivo de o estudante estar olhando para ele e que, além das agressões, o militar disse que o mataria.

“Quando eu passei perto dele, ele começou a debochar e rir, olhando para mim, como se tivesse algum problema comigo. Eu não arrumei confusão, não fui para cima dele, não fiz nada que justificasse tal atitude”, afirmou.
O jovem afirma que decidiu procurar a polícia por medo de que algo pior aconteça com ele. “Um cara que era para fazer a segurança das pessoas faz uma coisa dessa só pelo fato de alguém ser gay. Foi claramente um caso de homofobia. Ele me agrediu porque eu nasci assim. Não tem outro motivo”, desabafou.

Ao G1, a Polícia Civil informou que o Grupo Especializado no Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) tomará as medidas legais cabíveis para a apuração dos fatos.

G1

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