A vereadora de Feijó, Aurelina Portela (PP), seu o esposo, a filha, além de outro comerciante foram presos ontem na operação da Polícia Federal TOTOMIDE, que buscava reprimir práticas delituosas contra indígenas da etnia KULINA.
A vereadora e a família foram transferidos para o presídio de Cruzeiro do Sul. Eles integravam um esquema acusado de apropriação indébita, furto mediante fraude e pelo art. 104 do Estatuto do Idoso, que prevê ser crime a retenção de cartões de idosos para assegurar pagamento de dívida.
Eles executavam a prática comum na região e muitas vezes denunciada de reter cartões bancários e de benefícios dos indígenas, por vezes até a identidade, para fornecer mantimentos e garantir a fidelidade da compra e a certeza do pagamento.
O nome da operação, Totomide, significa sanguessuga na língua indígena Madijá, que é a da comunidade Kulina. Faz referência aos comerciantes, denominados patrões pelos indígenas, que se apropriam dos cartões e benefícios previdenciários destes povos do Alto Envira.
A Tribuna