“Fui ameaçada de morte mais de uma vez, aqui, na emergência. Tenho medo de um dia levar um tiro”, desabafou a médica que não quis se identificar e que atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sobral. Além dela, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) recebeu dezenas de queixas sobre a falta de segurança no local.
Os relatos aumentaram após a demissão coletiva dos vigilantes, deixando as unidades desguarnecidas. O caso pode acarretar em responsabilização de gestores que ignorarem os relatos. O Sindicato cobrará da Secretaria de Estado Saúde (Sesacre) a resolução do problema de forma imediata.
“Há anos, o Sindicato vem cobrando melhorias, com uma quantidade maior de seguranças e até a abertura de postos fixos para policiais militares, mas o governo vem ignorando”, alertou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.
Segundo o diretor sindical, Ítalo Maia, os relatos geram muita preocupação e representam a possibilidade de existir mortes, como a ocorrida em Sena Madureira, em 2014.
“O governo atuará depois que existir alguma morte? Pacientes, acompanhantes e servidores são vítimas de furtos, assaltos, ameaças e agressões, mas o poder público não apresenta resolução”, protestou Ítalo.