O presidentedo Departamento de Estradas, Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), Petrônio Antunes, foi denunciado por assédio moral contra servidores e prática de nepotismo.
Ao receber a denúncia, o Ministério Público do Estado instaurou um procedimento para apurar o caso e publicou a portaria na edição dessa sexta-feira (2) do Diário Oficial do órgão.
Ao G1, o presidente do Deracre negou as denúncias e disse que tudo não passa de “politicagem”. Ele afirmou foi notificado pelo MP a respeito do caso e que já entregou uma resposta.
Natural do Mato Grosso do Sul, Antunes contou que mora no Acre há 15 anos e que os familiares no estado são somente a esposa, que é funcionária concursada da Universidade Federal do Acre (Ufac), e um filho de 4 anos. Portanto, a denúncia de nepotismo não se aplicaria.
Já com relação ao caso de assédio moral, ele afirmou que seria de funcionários que estão descontentes com a nova postura da gestão, que tem implementado mais trabalho e determinado retorno presencial das atividades.
Segundo ele, quando assumiu, há 10 meses, o órgão não estava executando obras e sim somente manutenções. E que, desde então, estão sendo executados mais de R$ 160 milhões em obras.
“Com a pandemia e também como o Deracre não estava em plena atividade, tanto no governo passado como no início desse governo, porque não tinha orçamento, grande parte dos servidores não estava indo trabalhar. Quando o governador determinou que o Deracre voltasse as atividades, tivemos que convocar todo mundo e foi quando muitos pediram afastamento, pediram pra ir para outros setores, porque não queriam voltar a trabalhar. Então, isso gerou um mal-estar e essa denúncia”, contou.
Além disso, ele afirmou que teve o caso de dois servidores que estavam cedidos ao Deracre e que foram devolvidos da autarquia para a Secretaria de Planejamento (Seplag).
“Eles não estavam se adequando à nova dinâmica do Deracre. E, na verdade, essa denúncia veio deles. Eles queriam se manter na posição que estavam, na maneira de antigamente. Um deles tem empresa e presta serviço para fora e o outro não comparecia no serviço. Ou seja, estavam acostumados de um jeito e mudou o ritmo, e aí deu problema”, concluiu.