A operação matrina da Polícia Federal tinha como alvos o vereador James Mourão do PP e a esposa dele que não teve o nome revelado. James foi o mais votado no Bujari na eleição passada. Ele e a mulher foram denunciados pela nova gestão da prefeitura, que enviou documentos para a Polícia Federal, mostrando que o parlamentar, antes de se eleger, recebia de forma irregular dinheiro do bolsa família. Na época ele tinha o cargo de assessor parlamentar, e mesmo assim, recebia o benefício.
O nome de James Mourão, foi parar na lista dos beneficiários graças a esposa dele, que era funcionária da prefeitura do Bujari e a responsável por inserir o nome das pessoas carentes no cadastro do bolsa família.
Além do marido, ela registrou também 09 familiares, que para aumentar o valor depositado tiveram os membros da família duplicados. Se o casal tinha dois filhos, ela inseria no cadastro 4 crianças, duas delas com nomes falsos. Esses parentes recebiam até R$ 750,00 por mês, quando a média do repasse é de R$ 180,00.
A fraude, em um cálculo preliminar, segundo delegado Felipe Fachineri, poder ter gerado um prejuízo ao programa do governo federal de R$ 150 mil. Só que a polícia acredita que várias outras pessoas podem estar envolvidas, ou recebendo de forma irregular o bolsa família.
Como James teve o dobro de votos do último vereador eleito, a Polícia Federal quer descobrir se na hora de preencher os relatórios sociais para o bolsa família se não havia troca por votos.
Nessa parte da operação foram cumpridos apenas mandado de busca e apreensão na residência do casal. Se comprovadas as fraudes, vereador e esposa vão responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações.