Na quinta-feira (22/07) pacientes de doenças autoimunes, renais crônicos e transplantados se reuniram com Assessor do Ministro da Saúde, em reunião promovida pela Deputada Federal Mara Rocha. Na pauta, a falta de medicamentos no Acre.
Além da parlamentar, participaram da reunião o Dr. Leonardo de Castro Soares, Assessor do Ministro da Saúde; Vanderli Ferreira da Silva, Presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Estado do Acre – APARTAC; Edna Oliveira de Souza, Presidente da Associação dos Diabéticos do Estado do Acre – ADAC; Rosilene Melo de Queiroz, ANFIBRO no Acre (Associação Nacional de Fibromiálgicos, Lúpus e doenças correlacionadas); Lizete de Lima Sousa, do Movimento dos transplantados de fígado do Estado do Acre; Dra. Gabriela dos Santos Lazzare, Coordenadora da equipe de transplante renal da FUNDHACRE; Dra. Adriana De Oliveira Marinho, Responsável pelo Ambulatório de lúpus da FUNDHACRE; Hugo Pereira Prates – Diretor do DAFI – SESACRE; Orlando Aguilar Fernández – Coordenador do CREME/CEAF e Adriana Lobão, Secretária Adjunta SESACRE.
Durante a reunião os participantes relataram as dificuldades que enfrentam com a falta de medicamentos. A Dra. Gabriela expôs as dificuldades do corpo médico em manter os transplantes sem as medicações adequadas. Informou, ainda, que o Acre não está fazendo novos transplantes por falta de insumos e condições, mas esclareceu que o Estado continua recebendo novos transplantados que necessitam das medicações.
“Estamos com medo de perder pacientes por rejeição grave, por falta da medicação adequada. Nada justifica perder um enxerto apenas pela falta de medicamentos. Não temos feitos novos transplantes, mas continuamos recebendo novos transplantados e a falta dos remédios tem colocado em risco esses procedimentos”, explicou a Coordenadora de transplante renal da FUNDHACRE.
Vanderli Ferreira relatou que já houve caso de paciente que perdeu o enxerto e voltou para a máquina de diálise: “Estamos vivendo em situação de medo constante. Tentamos nos ajudar, emprestando medicamentos entre nós, mas estamos no limite, correndo riscos sérios de perdermos o transplante, não podemos mais esperar”.
Em sua intervenção, Lizete Lima fez questão de agradecer o apoio da parlamentar: “Agradeço à Deputada Mara por esse olhar aos pacientes transplantados e aos problemas que temos enfrentado É importante que o Governo do Estado e o Ministério da Saúde garantam que o paciente transplantado tenha condições de sobreviver. Ter o transplante e não ter o remédio para manter o transplante, é um paradoxo.”
O representante do Ministério da Saúde reconheceu os problemas por falta de IFA para a fabricação dos medicamentos e se comprometeu a enviar os remédios no menor espaço de tempo, mas solicitou apoio do Estado para informar com antecedência as necessidades mais urgentes: “Recebemos os ofícios da Deputada Mara Rocha e já afirmo que, mesmo com dificuldades de IFA, vamos enviar os medicamentos solicitados e iremos reforçar com o envio de uma quantidade um pouco maior. Mas peço que o Estado nos avise sobre a eventual falta, com maior antecedência, pois temos o problema da logística do envio para o Acre”.
Ao final da reunião, Mara Rocha se comprometeu a informar os medicamentos prioritários e agradeceu a atenção ao problema: “Reconhecemos q o Acre foi um dos estados que mais recebeu recursos para combater a COVID, mas faltou esse olhar para a questão da medicação dos pacientes autoimunes, renais crônicos ou transplantados. Hoje abrimos um novo canal de comunicação, inclusive com a participação de representante da Secretaria Estadual de Saúde e acredito que isso irá melhorar a situação no fornecimento da medicação necessária”.