A família do acreano Pedro da Silva Gomes, de 65 anos, encontrado morto nesta quarta-feira (21), em um igarapé no Ramal do Boi, no Distrito Ponta do Abunã, interior de Rondônia, procurou a reportagem do ContilNet nesta quinta-feira (22) para fazer uma denúncia.
De acordo com a sobrinha da vítima, Josiane Menezes, o corpo do seu tio demorou aproximadamente 24 horas para ser recolhido do local. Um dos sobrinhos precisou retirar Pedro das ferragens do carro porque tanto o Instituto Médico Legal (IML) de Rondônia como o do Amazonas se negaram a ir até o local.
“Quando soubemos da notícia, fomos imediatamente pra lá. Procuramos o IML de Rondônia, mas eles disseram que não poderiam retirar o corpo, já que aquele território é do Amazonas. Quando ligamos para o órgão do Amazonas, disseram que a competência era do IML de Rondônia. Ficamos sem saber o que fazer”, comentou.
Josiane conta que a família procurou o órgão rondoniense pela segunda vez, e os agentes informaram que só poderiam ir até a entrada do ramal. Os familiares tiveram que retirar o corpo por conta própria e levar até o local onde o carro do IML pudesse ir.
“Aquilo foi um absurdo. Tiramos o corpo do nosso tio do igarapé com uma teresa improvisada na hora. Colocamos dentro de um carro e aguardamos por um tempo na entrada do ramal”, finalizou.
O corpo está à disposição do órgão e ainda não foi liberada para ser velado pela família.
Sobre o que teria causado a morte, Menezes conta que o motivo ainda é desconhecido, mas reconhece que o tio era alcoolista. O uso excessivo de álcool pode ter provocado o acidente e sua morte.