CoronaVac tem eficácia de 83,5% contra a Covid-19, mostra estudo de fase 3 na Turquia

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Resultados foram revisados por pares e publicados no periódico científico The Lancet

Dados provisórios de um estudo de fase 3 da CoronaVac realizado na Turquia indicam que o imunizante desenvolvido pela chinesa Sinovac tem 83,5% de eficácia contra a Covid-19 após a aplicação de duas doses. Os resultados preliminares, revisado por pares, publicados no The Lancet e apresentados neste ano no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID), indicam que a CoronaVac é segura e induz uma resposta robusta de anticorpos.

Em dezembro do ano passado, os pesquisadores envolvidos neste estudo de fase 3 anunciaram que os primeiros dados coletados indicavam que a eficácia da vacina seria de 91,25% e a expectativa era de que o número aumentasse com o avançar da análise.

A CoronaVac — que no Brasil é fabricada pelo Instituto Butantan com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) vindo direto da China — foi a primeira vacina contra a Covid-19 a ser aplicada no país e hoje corresponde a 42,6% das doses utilizadas no território brasileiro. Seu esquema vacinal é de duas doses, com intervalo de 14 a 28 dias entre elas.

Entre 14 de setembro de 2020 e 5 de janeiro de 2021, 10.218 adultos de 18 a 59 anos foram aleatoriamente escolhidos para receber duas doses da vacina CoronaVac (6.650) ou placebo (3.568). O ensaio foi realizado em 24 centros na Turquia. A idade média dos participantes era de 45 anos e 58% dos voluntários eram do sexo masculino.

No total, 150 casos de Covid-19 foram confirmados por exame PCR após um acompanhamento médio de 43 dias. A partir de 14 dias após a segunda dose, foram confirmados 9 casos da doença em pessoas que receberam a vacina e 32 casos no grupo placebo. Após a análise, os autores estimam que isso seja equivalente a uma eficácia de vacina de 83,5%.

As reações adversas foram analisadas usando dados de 10.214 participantes (6.646 no grupo da vacina e 3.568 no grupo do placebo) — 4 pessoas foram excluídas do estudo por terem mais de 59 anos após a segunda dose. A incidência de eventos adversos naqueles que receberam a vacina foi de 19% (1.259 / 6.646). Já no grupo placebo, a incidência foi de 17% (603 / 3.568).

O Globo

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