Professor assediava alunas pelas redes sociais e quando era rejeitado passava a prejudicá-las nas disciplinas, segundo a Justiça. Acusado tinha sido inocentado em 1º grau, MP-AC recorreu e ele foi condenado por assédio sexual em 2ª instância.
A Justiça do Acre condenou um professor a quase três anos de prestação de serviço à comunidade por assediar alunas pelas redes sociais. A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AC) reformou a decisão de primeiro grau, que tinha inocentado o professor, e votou pela condenação do acusado em regime aberto.
A sentença ainda cabe recurso. Ao G1, o advogado do professor, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que a decisão ainda não foi repassada para o cliente e deve conversar com ele para saber o próximo passo do processo.
Conforme a Justiça, o docente teria assediado sete alunas por meio de sites de relacionamento. Ao ser recusado, o professor passava a prejudicar as estudantes nas disciplinas.
Ao ser julgado em primeira instância, o acusado foi inocentado por falta de provas. Porém, o Ministério Público do Acre (MP-AC) entrou com recurso contra a decisão e o Colegiado do 2º grau condenou o professor.
O desembargador Samoel Evangelista, relator do caso, destacou ficou comprovado nos autos que o professor praticou mesmo assédio sexual contra as alunas.
“Valendo-se da posição ascendente que tinha na condição de professor, constrangia as vítimas para obter favores sexuais. Diante das suas recusas apresentava atitudes retaliatórias, insinuando que as prejudicaria na matéria que lecionava ou adotando uma postura mais severa na sala de aula”, destacou o desembargador.
G1