Um contingente da Força Nacional chegou ontem a Rondônia para, segundo o governador Marcos Rocha, “fortalecer a preservação da Segurança dos rondonienses”. A principal missão da FN será o combate ao que o governo e setores empresariais chamam de ação de guerrilha no campo, por parte de agrupamentos de camponeses de viés radical e de confronto com a estrutura agrária do estado. Uma cerimônia realizada nas escadarias do Palácio Rio Madeira, sede do Poder Executivo, em Porto Velho recepcionou a força policial que tem poder atuar em todas as ações de preservação da ordem pública.
A “Operação Rondônia”, entretanto, deve manter o foco voltado para o que é qualificado de paz no campo para colocar fim à atuação de grupos de guerrilhas nas áreas rurais.
São esses grupos, que conforme levantamento das equipes de inteligência que atuam no Estado, têm aterrorizado os moradores de campo, com invasão e destruição de propriedades rurais, e ainda cometido assassinatos, inclusive de policiais em emboscadas.
‘‘Ouvimos o desespero de produtores rurais grandes e peque-nos, e precisávamos ir além, de tal forma que por meio da “Operação Rondônia” possamos falar para as organizações criminosas que em Rondônia, eles não têm chão, que saiam ou sejam presos’’, assegurou o governador Marcos Rocha.
Ele agradeceu o empenho do governo federal e disse que ‘‘com esse reforço, será possível identificar as organizações criminosas que agem em invasões de terras. Não vamos admitir esse clima de guerrilha em nosso Estado’’, assegura Marcos Rocha.
A Força Nacional ficará em Rondônia por 90 dias com possibilidade de prorrogar por mais 90 dias, se houver necessidade. A “Operação Rondônia” é coordenada pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi),vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O adjunto da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do MJSP, Bráulio do Carmo Vieira de Melo, disse que “ o combate à criminalidade no campo é uma diretriz do Ministério da Justiça e é uma bandeira defendida pelo nosso presidente. Quem atua cometendo crimes contra o meio ambiente, contra propriedades e contra pessoas serão tratados como criminosos’’.
O efetivo empregado e as áreas de interesse da operação serão mantidas em sigilo para que a forças empregadas possam surpreender os criminosos, mas algumas regiões que receberão uma atenção especial serão o Cone Sul, Região de Ponta do Abunã, próxima à divisa com o Acre e o entorno da BR 429.
A Tribuna