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Com caixão na frente do Palácio e carreata, servidores da Saúde iniciam greve

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Ato iniciou com uma carreata que saiu da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) e seguiu até o Centro de Rio Branco com concentração em frente ao Palácio do Governo.

Pedindo por melhorias tanto no quadro de profissionais com novas contratações, como na estrutura dos hospitais, os sindicatos ligados à Saúde do Acre fazem uma paralisação nesta segunda-feira (14).

O ato iniciou com uma carreata que saiu da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) e seguiu até o Centro de Rio Branco, com concentração em frente ao Palácio do Governo, com cartazes e cruzes e também fizeram discursos.

O G1 aguarda resposta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) sobre o ato.

Guilherme Pulici, presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed), disse que são várias as reivindicações da categoria, entre as principais, está a falta de médicos.

“São tantas reivindicações que é difícil falar qual é a principal. Uma categoria que tralha sob condições adversas, num ambulatório, por exemplo, que não tem uma iluminação adequada, onde o teto está desabando, onde tem fio exposto, onde o ar-condicionado está quebrado, onde tem buracos no teto. São tantas condições adversas que gente conta com a sensibilidade do judiciário, do Ministério Público para que compreendam que esse é um movimento responsável”, disse.

Com problema nas escalas e falta de médicos em hospitais do Acre, o Estado virou alvo de uma ação movida pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-AC) ajuizada ainda em 2019, que pede a regularização das escalas no Pronto-Socorro e recebeu um parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF), na última semana. E o Sindmed-AC anunciou que vai entrar na justiça para obrigar o estado a fazer concurso público.

O sindicalista disse que a paralisação manteve 70% dos profissionais trabalhando pra não prejudicar o serviço de urgência e emergência e de atendimento à Covid-19.

“A gente se propôs a paralisar sem comprometer o atendimento à Covid e os atendimentos de urgência e emergência, mas que se a gente não tomar uma atitude enérgica, enfrentadora, a nossa saúde vai por água abaixo. A gente sabe que a maior parte da nossa população depende do SUS e se a gente não lutar pelo SUS quem vai lutar?”, questionou.

Pulici disse que são mais de dois anos de gestão e nesse período foram feitas muitas conversas, e muitas propostas, mas que não houve a resolução dos problemas em pauta.

“Podemos considerar que todas as possibilidades foram esgotadas de negociação, a partir do momento que não tem resolução. Então, o protesto é a melhor forma de a gente mostrar à sociedade acreana que vai ser a maior beneficiada, que a gente está aqui de forma séria e responsável lutando por melhorias no nosso estado”, disse.

G1

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