Movimento alega que o governo não cumpriu acordo firmado com a categoria. Várias associações e sindicatos da categoria voltam a se mobilizar para reivindicar melhorias
Em nota pública, o presidente da Abrava lista as promessas que não foram postas em prática: prioridade na vacinação contra a covid-19, eliminação de impostos federais sobre o combustível (o governo zerou a tarifa somente em abril e voltou a cobrar em maio), linha de crédito acessível e controle do preço do diesel.
Jair Marques, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul, confirma que a categoria está decepcionada e trabalhando em condições precárias. “Estamos voltando a nos mobilizar para buscar formas de fazer valer nossas reivindicações”, admite Marques.
Diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que tem mais de 800 mil associados, Carlos Alberto Litti.
É bastante crítico quanto à relação de Bolsonaro com os caminhoneiros. “Queria perguntar o que o presidente Bolsonaro fez pela categoria”, reclama.
O dirigente da CNTTL lembra que atualmente o preço do litro do diesel está na média em R$ 4,20 e que o estopim da greve de 2018 foi o valor ter chegado a R$ 2,83, sem botar na conta o valor as trocas de pneu e outros insumos. “Só os fanáticos não enxergam que a situação está dramática”, afirma.
Apesar de reconhecer frustração com a tentativa de paralisação feita em fevereiro, que acabou não se concretizando, ele acha “viável” tentar novamente. “Se os caminhoneiros avaliarem que a situação não é ideal é preciso que todos se unam e só tem um caminho, que é a greve”, acredita Litti.
A Tribuna