Padre Francisco Nepomuceno foi internado no hospital de campanha de Cruzeiro do Sul no dia 31 de maio, uma semana depois de apresentar os primeiros sintomas da doença e teve alta médica na quinta-feira (10). Ele disse que o sentimento é de gratidão a Deus pela cura.
Após passar 10 dias internado por causa da Covid-19, o padre Francisco de Souza Nepomuceno, de 45 anos, recebeu alta médica na última quinta-feira (10) do Hospital de Campanha de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Na saída do hospital, o religioso foi recebido por familiares e fiéis que comemoraram sua recuperação.
O padre, que mora no Seminário Maior da cidade, contou que foi internado no último dia 31 de maio, uma semana depois de apresentar os primeiros sintomas da doença. Ele disse que fez duas tomografias que apontaram lesão no pulmão, mas os médicos não chegaram a informar o grau de comprometimento.
Ainda bastante debilitado, o padre conversou com o G1 e contou que não sabe como se contaminou com o coronavírus. Ele disse que estava mantendo todos os cuidados, mas acabou sendo acometido pela doença.
Foram 10 dias de luta pela vida, dias de muitas orações e de medo, devido às tantas vítimas que perderam suas vidas para a Covid-19. Mesmo assim, o padre disse que a cada melhora no quadro clínico, a esperança na cura aumentava.
Apesar de não ter ido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, nos primeiros dias de internação, o padre chegou a precisar da ajuda de oxigênio. Ele passou o aniversário de 45 anos, comemorado no último dia 6, dentro da unidade.
“É muito difícil estar lá naquela situação, mas, desde quando eu entrei, fui a cada dia melhorando e isso vai confortando e dando esperança de que vamos sair. Não é fácil, mas a gente vai se alimentando de esperança, colocando confiança em Deus e deu tudo certo. O sentimento é de muita gratidão a Deus por essa oportunidade de recuperação. Sempre tive cuidado, mas infelizmente fui contaminado. Peço que todos redobrem os cuidados, porque estar internado não é fácil”, disse o padre.
A Covid-19 acabou alterando a glicemia do religioso, que vai ter que continuar com o tratamento fora do hospital. Ele disse que até então não tinha diagnóstico de diabetes e que vai precisar ficar acompanhando.
G1