Rio Branco precisa de 300 mil doses de vacina para frear pandemia de Covid

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O secretário municipal de Saúde Frank Lima considera que a atuação conjunta das autoridades foi essencial no enfrentamento da 2ª onda da pandemia em Rio Branco, especialmente para evitar o aumento do número de vítimas fatais, em comparação com outros estados da região Norte. Ele destacou o decreto do governo do Estado de isolamento social, a ampliação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) nos hospitais de campanha e a decisão da Secretaria Municipal de Rio Branco (Semsa) da busca ativa dos pacientes com suspeita da covid-19 para serem medicados e reduzir o risco de internações por causa das complicações clínicas. “Acredito que chegada da 3ª onda dependerá da população continuar ou não mantendo os cuidados sanitários, como o uso máscara de proteção, álcool gel e se imunizando com a vacina contra a covid-19 para ampliarmos a cobertura de imunização”, observou.

Frank Lima admitiu que não há vacina suficiente para imunizar toda a população rio-branquense estimada em torno de 400 mil pessoas. Aponta que a regularidade da distribuição do Ministério da Saúde (MS) dos três imunizantes (Astrazeneca, Coronavac e Pfizer), nos moldes atuais, permitirá que chegue ao mês de junho com uma cobertura vacinal de cerca de 60 mil pessoas, um percentual bem aquém da cobertura de 70% da população que seria necessária para atingir o grau de imunidade, pois precisaria de 300 mil doses.

Balanço – O gestor municipal disse que quase 50 mil rio-branquenses já receberam a 1ª dose de vacina anticovid e estima que 20 mil tenham tomado a 2ª dose. Acrescentou que existe uma regularidade da vacina Astrazeneca, em comparação com a vacina Coronavac, mas estima que cerca de 20 mil idosos devem retornar nesse mês aos postos de vacinação para tomar a 2ª dose, pois receberam a 1ª dose no mês de fevereiro deste ano. “A nossa meta era imunizar 150 mil pessoas, mas não temos vacina suficiente para ampliar a nossa cobertura vacinal”, lamentou.

Frank acrescentou ainda que a previsão que a capital acreana dever ter 25 mil pessoas com comorbidades e mais de 6 mil pessoas com doenças pré-existentes já receberam a 1ª dose da vacina astrazeneca e pfizer nos nove dias de campanha para esta faixa. Revelou que conta com um estoque de 9 mil doses, mas devem receber mais um lote de 3 mil doses da vacina de Pfizer que vai permitir a imunização de 12 mil rio-branquenses.

O secretário informa que os pacientes com comorbidades acompanhados pela rede privada, precisam pegar o laudo médico ou relatório médico especificando a doença pré-existente, procurar uma unidade de atenção básica para fazer o cadastro e tomar a 1ª dose. “Estamos baixando a faixa etária para os 44 anos, mas que chegar com o seu laudo comprovando a comorbidade será imunizado mesmo que seja das faixas etárias anteriores”, revelou.

Suspensão da Astrazeneca

Lima revelou que, por enquanto, aguarda a orientação do MS sobre o retorno ou não da vacinação das mulheres gestantes ou puérperas, porque tem estoque da vacina da Pfizer que poderia ser aplicada, mas Astrazeneca está suspensa. O gestor municipal revelou que não foi registrado na capital nenhum relato de efeitos colaterais adversos nas mulheres grávidas que tomaram a 1ª dose da vacina do Laboratório da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

O imunizante da Astrazeneca foi aplicado nas unidades de atenção básica, em decorrência da falta das doses da Coronavac, mas um pequeno grupo de gestantes tiveram acesso a vacina da Pfizer na capital acreana. Desde a última segunda–feira (dia 10) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado determinando a suspensão do imunizante Astrazeneca, para mulheres grávidas após a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (Semsa) confirmar o falecimento de uma gestante que tinha recebido uma dose da vacina. Após a aplicação, a vítima teve uma trombose que resultou em óbito e o MS investiga o caso. “Está garantida a 2ª dose, mas caberá o Ministério autorizar a aplicação de uma outra vacina”, disse o secretário municipal de Saúde Frank Lima.

A Tribuna

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