Pesquisa revela que quase 70% dos acreanos não usam preservativos nas relações sexuais

Estudo apontou que somente 31,8% das pessoas com 18 anos ou mais no AC relataram ter usado preservativo em todas as relações sexuais em 2019. Somente entre janeiro e abril, Acre registrou mais de 110 casos de HIV, hepatites e sífilis congênita.

O acreano tem se protegido pouco contra as doenças sexualmente transmissíveis. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que apenas 31,8% das pessoas acima de 18 anos no Acre afirmaram usar preservativo em todas as relações sexuais que tiveram em 2019.

Ou seja, mais da metade (68,2%) da população acreana com idade acima de 18 anos não se protegeu com uso de preservativos durante as relações sexuais.

Em relação às características sociodemográficas, a pesquisa constatou que 31,6% dos que informaram terem usado preservativos são homens e 32,0% mulheres. Considerando a cor ou raça da população, o percentual entre as pessoas que se declararam de cor preta foi de 27,3%, ou seja, menor que o observado entre a população branca, que foi de 30,7%.

Ainda de acordo com os dados, o hábito de utilizar preservativo foi mais frequente entre os jovens de 18 a 29 anos, reduzindo-se de forma acentuada nos grupos de idade mais avançada.

Assim, enquanto 42,9% das pessoas de 18 a 29 anos disseram usar preservativo em todas as relações sexuais, tal indicador foi de 30,1% entre as pessoas de 30 a 39 anos, 27,4% no grupo de 40 a 59 anos e 15,0% entre as pessoas de 60 anos ou mais.

Já com relação à escolaridade, o estudo mostrou que o uso de preservativo em todas as relações sexuais foi menos frequente entre a população sem instrução e fundamental incompleto, 22,8%.

A proporção aumentou para 31,9% entre as pessoas com fundamental completo e médio incompleto e 38,8% entre as pessoas com ensino médio completo e superior incompleto, grupo que apresentou o maior percentual de uso de preservativo. Entre a população com superior completo, o percentual foi de 34,6%.

Obtenção de preservativos

No Acre, 16,2% das pessoas disseram que recorreram ao serviço público de saúde para a obtenção de preservativos, o que corresponde a, aproximadamente, 96 mil pessoas.

O levantamento apontou que maior proporção de homens afirmou ter procurado o serviço público de saúde para esse fim em comparação com as mulheres, sendo, respectivamente, de 18,5% e 14,0%.

G1