Pessoas identificadas devem comparecer na Delegacia de Mâncio Lima a partir desta quinta-feira (6). Festa teria acontecido no último fim de semana em um sítio no Ramal do Batoque, zona rural do município. Dono da chácara também deve ser responsabilizado.
A Polícia Civil já identificou e intimou 20 pessoas que participaram da festa clandestina que ocorreu no último fim de semana em um sítio no Ramal do Batoque, zona rural de Mâncio Lima, interior do Acre. Devido à pandemia do novo coronavírus, um decreto estadual proíbe a realização deste tipo de evento.
Imagens que chegaram ao conhecimento da polícia e que viralizaram nas redes sociais mostram muitas pessoas dançando durante dia e noite, sem máscaras e consumindo bebida alcoólica. A informação é de que dois ônibus teriam saído da cidade de Cruzeiro do Sul levando pessoas para a festa. Mais de 100 integrantes teriam participado do evento.
As pessoas identificadas pela polícia devem comparecer na delegacia do município nesta quinta-feira (6) para prestar esclarecimentos dos fatos. Segundo a Polícia Civil, os participantes do evento cometeram crime contra a saúde pública, uso de drogas, desobediência ao decreto que proíbe esse tipo de evento e corrupção de menores.
“Assim que tomei conhecimento, imediatamente, determinei aos agentes de polícia que localizem as pessoas para que sejam devidamente identificados, bem como o proprietário da chácara onde ocorreu a bagunça para que possamos também responsabilizar. Todos que participaram, direta ou indiretamente, do evento vão ser responsabilizados”, disse o delegado responsável pelo caso, José Obetaneo dos Santos.
Polícia tentou flagrar festa
A coordenadora da equipe volante de enfrentamento à Covid-19 na cidade, do Centro de Operações de Emergência (COE), Francisca Cordeiro, disse que a equipe chegou a ir até a entrada da chácara logo após receber o vídeo no final de semana. Mas, como não havia movimentação em frente ao local e não tinha certeza de que era mesmo naquela propriedade, eles não entraram.
“Fizemos um relatório com base na denúncia que recebemos, vamos encaminhar para o setor da Tributação da Prefeitura que vai analisar se é para mandar ou não para o Ministério Público. Pelo vídeo, percebemos que tinham umas quatro pessoas do nosso município, e o restante era todo de Cruzeiro do Sul”, afirmou Francisca.
O estado do Acre está em faixa de emergência, representada pela bandeira vermelha, desde o dia 1º de fevereiro, depois que as unidades de saúde do estado ficaram com quase 100% de ocupação dos leitos. Nessa faixa, há restrições no funcionamento do comércio, com 20% da capacidade de público e limitação de horário e proibição de eventos comemorativos e sociais. Desde o início da pandemia, o governo baixou decreto que obriga uso de máscara e proíbe aglomerações.
G1