5 julho 2024

Camelôs fecham ponte em protesto contra demolição de barracas

Date:

Dezenas de camelôs expulsos do calçadão, depois que o prefeito Tião Bocalom mandeu destruir suas barravas, neste fim de semana, bloquearam a saída da Ponte Sebastião Dantas na manhã dessa segunda-feira, 17, cobrando a prefeitura solução para que possam retomar o trabalho.

Os camelôs protestam contra o que qualificam como abuso da prefeitura ao destruir as barracas no calçadão, uma ação que tem provocado muita polêmica nos meios políticos, na imprensa e nas redes sociais.

Na noite de sábado, 15, funcionários da Prefeitura da capital demoliram todas as barracas que ficavam no Calçadão da Benjamin Constant, em frente ao Colégio Acreano, no Centro de Rio Branco. A demolição foi acompanhada pelos camelôs estarrecidos porque não receberam, segundo eles, nenhuma notificação dessa ação da prefeitura. Os donos ou locatários das barracas afirmam que recorreram a empréstimos aproveitar a decisão de reabrir o comércio e que agora vão acumular prejuízos, já que sequer puderam retirar estoques antes da demolição.

A prefeitura divulgou no fim de semana nota explicativa sobre a ação em que aponta que todos os camelôs instalados naquele local até dezembro do ano passado, foram contemplados com lojas no Aquiri Shopping.

Diz a nota que “devido à não remoção das barracas naquela oportunidade, outras pessoas se instalaram ali e passaram a pagar aluguel, de forma irregular, aos antigos permissionários”. E informa que “a atual gestão, em respeito a estes trabalhadores, promoveu duas reuniões com a comissão que os representa e propôs a saída negociada do local, comprometendo-se em apresentar uma solução em até 30 dias, período em que fará um levantamento detalhado sobre a condição de cada camelô, procurando identificar aqueles que realmente estão necessitados e que não foram contemplados com lojas no Aquiri Shopping”.

E justifica que “a não remoção daquelas barracas tem elevado a tensão no local, tendo em vista que os outros comerciantes presentes na região exigem a retirada das mesmas”.

A Tribuna

Últimas