Presidente condicionou alta ao fim das políticas de restrição ao comércio. Intenção é subir valor após fim do auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta quinta-feira (20) que o governo trabalha no reajuste do Bolsa Família para o início do segundo semestre deste ano. Em fevereiro, o benefício médio chegava a R$ 186, conforme o governo federal.
“Estamos trabalhando para que após o quarto mês dessa etapa do auxílio emergencial [que termina em julho], suba o valor médio do Bolsa Família, porque sabemos que houve inflação, os preços dos alimentos aumentaram”, disse o chefe do Executivo durante inauguração de ponte sobre o Rio Parnaíba, em Santa Filomena, na divisa entre os estados do Piauí e Maranhão.
Bolsonaro, contudo, afirmou que o reajuste só será possível com o fim das medidas de restrição ao comércio adotadas por governadores e prefeitos para frear o contágio da pandemia. “Mas isso passa pela não destruição de empregos, pelo não fechamento de comércios, pela coragem de decidir ao lado da realidade.”
O presidente voltou a comparar a política de transferência de recursos durante a crise sanitária ao programa que virou slogan das administrações do PT. “Grande parte dos brasileiros vive da informalidade, não tem carteira assinada. E foram esquecidos por estes que mandaram fechar comércios e destruíram empregos. Fizemos o possível. De auxílio emergencial ofertamos a 64 milhões de brasileiros em 2020, mais do que os 8 primeiros anos dos PT [gestão Luiz Inácio Lula da Silva], somado aos meia-dúzia [de anos] daquela senhora [Dilma Rousseff, que sucedeu Lula].
Nesta semana, o governo federal anunciou que o Bolsa Família bateu novo recorde histórico, com 14,69 milhões de famílias contempladas em maio. A maior marca anterior havia sido registrada no mês passado, com 14,61 milhões de benefícios, conforme o Ministério da Cidadania.
R7