Ministério Público recebe denúncia sobre valor do aluguel da Câmara de Rio Branco

Casa paga dois aluguéis com um custo mensal de R$ 86 mil

A mudança da sede da Câmara de Vereadores de Rio Branco foi parar no Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Atualmente, é pago R$ 53 mil de aluguel.

A ouvidoria do MPAC recebeu vários documentos denunciando o excesso, por parte da mesa diretora, sobre o valor do aluguel do imóvel localizado no bairro Seis de Agosto. O novo prédio está sendo preparado para, em maio, já receber os funcionários e vereadores.

Em janeiro deste ano, o presidente N. Lima, do MDB, anunciou que tinha encontrado um novo imóvel por R$ 33 mil, um valor bem abaixo. Acontece que, segundo a reclamação, o prédio novo tem instalações mínimas para o bom funcionamento do parlamento. Faltou de espaço até a administração da casa.

A denúncia se baseia na estrutura de cada imóvel. No prédio atual, por exemplo, o estacionamento cabe todos os veículos dos vereadores, funcionários e também dos visitantes. Já no novo local, o estacionamento é tão pequeno, que mal cabem os carros dos vereadores.

A saída encontrada pela mesa diretora foi alugar um terreno que fica a 200 metros do prédio para servir de estacionamento. Para o Ministério Público, o denunciante chegou a afirmar que em menos de 30 dias foi feito todo o processo de locação. Por isso, quer uma investigação comparando o tamanho de cada imóvel, as instalações, a localização, acessibilidade de sinalização e segurança.

Além disso, tem o gasto para adaptação do novo prédio, que segundo a denúncia, serão gastos R$ 400 mil só para montar o plenário. E ainda tem o custo com a instalação elétrica de computação.

Para o presidente da mesa diretora, vereador N. Lima, no final do contrato, a economia que será feita com a redução do valor do aluguel valerá a pena, e todas essas informações serão repassadas ao Ministério Público.

“O prédio que eu estou alugando é a metade do valor deste aqui. Então, eu não tenho problema nenhum de explicar para todo mundo. Tenho todos os documentos aqui e que fique bem claro que o contrato atual acabou”, afirmou N. Lima.

Quando decidiram mudar a locação do prédio, havia informação de que o novo imóvel abrigaria também os gabinetes dos vereadores. Já se sabe que isso será impossível. Cada parlamentar vai continuar recebendo R$ 1.600,00 por mês para alugar um escritório.

E enquanto não ocorre a mudança de casa, a Câmara paga dois aluguéis. Do prédio atual e do futuro. Um custo mensal de R$ 86 mil por quatro meses.

Fonte: agazeta.net