O Sindicato das Empresas Terceirizadas repudiou, nesta quinta-feira (15), a nota pública emitida pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) e a declaração do governador Gladson Cameli de que as empresas que atrasarem salários poderão ter os contratos suspensos.
A nota de repúdio do Sindicato das Empresas Terceirizadas diz que, entre vários pontos, que a SEE só pagou 50% do valor dos contratos e que, portanto, as empresas não poderiam pagar os pretadores 100%.
“Tendo em vista que não foi solicitado às empresas a redução o contingente de trabalhadores permaneceu em 100%, pois não poderíamos agir de outra forma sem autorização da SEE (autorização formal), ainda assim a SEE informou que só pagaria os 50% dos meses citados preteritamente, o que gerou um transtorno pois como pagaríamos 100% recebendo 50%”, diz trecho da nota.
A direção do sindicato diz ainda que as empresas deveriam ser comunicadas com antecedência sobre a redução de contratos nos períodos de janeiro.
“Deveria haver um aviso prévio de no mínimo de 30 dias que seus contratos seriam reduzidos em 50% em cada mês, documento este que não foi enviado às empresas terceirizadas”, diz.
O deputado Fagner Calegário, que defende a pauta dos terceirizados, diz que há uma morosidade da Secretaria de Educação em liberar os pagamentos.
“Parece que é de propósito para evitar pagamento, parece que querem ganhar tempo para resolver outras questões administrativa ou burocrática”, diz.
A declaração de Calegário confirma texto da nota de repúdio do Sindicato das Empresas Terceirizadas que detalha um pouco o motivo do atraso devido a suposto excesso de burocracia por parte do governo.
“O que prejudicou ainda mais as empresas prestadoras de serviço a esta secretaria, pois após a emissão das notas ficais com quase dois meses e meio de seus respectivos vencimentos, tem que passar por todo o processo de conferencia o que seria normal, porem é um caso que foge a normalidade e como dito antes houve uma promessa de celeridade e de cobrança de documentos relevantes bem como o pagamento emergencial das mais atrasadas (o que na realidade não acontece) em nota aos jornais locais a SEE não esclarece em um todo esses fatos que são de responsabilidade dela, fazendo com que as empresas sejam mal vistas entendemos que algumas tem problemas mas ela age com irresponsabilidade quando omite esses fatos”, diz.
O Sindicato das Empresas Terceirizadas diz ainda que a maior demora é com relação ao momento de conferir notas fiscais.
“Vale lembrar que o setor de terceirização vem sofrendo com mudanças de colaboradores, o que no ponto de vista das empresas foi o que mais afetou a falta de comunicação e iniciativa das pessoas que estavam a época, tendo em vista que já mudou novamente porem percebemos a boa vontade de todos nesse setor, os maiores problemas identificados pelas empresas é quando as notas fiscais já encaminhadas da terceirização para setores como controle interno e diretoria financeira a um total negligencia mento na celeridade e ainda a falta de boa vontade em resolver os processos. Pedimos a esta SEE que tenha mais empatia não com as empresas ou empresários, mas com as pessoas que limpam suas salas e suas escolas são pais e mães de famílias que não merecem essa falta de empatia e cuidado”, diz.