Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 21, os deputados da oposição na Assembleia falaram a respeito do pedido de CPI protocolado para investigar a malversação de recursos públicos na Educação, na gestão de Mauro Sérgio da Cruz. O deputado Daniel Zen (PT), autor do requerimento não descartou a possibilidade do trabalho conjunto dos membros da Comissão com órgãos como o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil.
Ele afirmou não ser comum investigar fatos já em apuração pelos órgãos de controle, mas são tantos indícios de irregularidades na Secretaria de Estado de Educação, que os fatos acabam dialogando. Nesse sentido, ele pontuou que
“Nesse caso sim, devem ser compartilhadas as informações do que já está sendo apurado pela Polícia Civil e Ministério Público. Quero só lembrar que eu sempre defendi de que não é razoável que de tenha CPI para apurar fatos que já estão sob das instâncias competentes. Só que neste caso, existem apurações parciais. Quando a gente se debruça sobre a merenda escolar, não é só os sacolões. Teve problema na distribuição, entrega da merenda em si. Teve problema na chamada pública para o credenciamento de indústria, que resultou no credenciamento de empresas atacadistas do comércio”, disse Daniel Zen.
Participaram seis dos nove parlamentares que subscreveram a proposta, entre eles Daniel Zen (PT), Fagner Calegário (Podemos), Roberto Duarte (MDB), Neném Almeida (Solidariedade), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Janilson Leite (PSB). Assinaram ainda os deputados Jonas Lima (PT), Meire Serafim (MDB) e Antonia Sales (MDB).
O requerimento é de autoria de Daniel Zen e tem como foco contribuir com as investigações da Polícia Civil no âmbito das operações Pratos Limpos e Trojan, que apuram respectivamente, fraudes na licitação de compras de cestas básicas para alunos durante a educação à distância e superfaturamento na aquisição de computadores.