A possível exoneração do secretário de Segurança será pelo motivo errado

A provável, e já anunciada nos bastidores, exoneração do coronel Paulo Cézar, da Secretaria de Segurança Pública, se de fato acontecer, se dará pela justificativa errada. Essa briga entre ele e os militares pelo áudio vazado é o de menos, é o que menos importa à população que clama por resultados práticos na diminuição da violência.

Se tiverem que demitir Paulo Cezar que seja pela falta de resultados apresentados, pois no imaginário popular foi a promessa dele feita no início de 2019 que em 10 dias resolveria a questão da violência. Para a população pouco importa a briga de comadres entre oficiais da PM por suposto áudio. Se o governador quiser mesmo exonerar Paulo Cezar terá que arranjar um motivo mais consistente.

Se Paulo Cézar for exonerado, terão que admitir que nos bastidores os interesses na saída do coronel são outros. Talvez precisem do espaço para acomodar os novos acordos políticos visando 2022.

Paulo Cezar foi nomeado naquele pacotão da segurança indicado pelo vice-governador Major Rocha, mas logo se bandeou para o lado do governador e até aqui tem sido um homem de confiança. Porém com as mudanças que pedem o jogo de xadrez da sucessão de 2022 é bem provável que Paulo Cezar seja mesmo exonerado por um áudio bobo e uma atitude mais boba ainda de confiar em alguém mandando o áudio que criticava os militares.

Paulo Cezar tem sido um secretário de Segurança medíocre, sem resultados eficazes. Se não fosse a pandemia a ditar as regras as facções continuariam mandando. Se ele tiver que ser demitido, que seja por esse motivo.