O secretário de Segurança do Acre, coronel Paulo César, criticou nesta sexta-feira, 5, decisão do Ministério da Saúde que prioriza a vacinação de custodiados do sistema penitenciário em detrimento dos profissionais de segurança. Ele fez uma exposição de motivos bem didática para que fique claro sua preferência. Não tem nada de pessoal. É questão de estratégia.
VEJA A EXPLICAÇÃO DO SECRETÁRIO
É importante frisar o seguinte:
1) Que os presos estão isolados, sem contato com o público externo. Assim, o principal ou exclusivo vetor de contágio de presos é por meio dos policiais penais, pois são os únicos a manterem contato com os presos, pois as visitas estão suspensas. Nesse sentido, lógico seria vacinar primeiro os policiais penais.
2) Desde o início da pandemia os profissionais de segurança tiveram ampliada a demanda ordinária, agregando atividades de fiscalização sanitária e de implementação do isolamento social, carreando a maior exposição ao vírus, quando comparado a sociedade em geral;
3) Imunizar os profissionais de segurança é fundamental para garantir a plenitude do serviço de manutenção da ordem;
4) Atualmente temos parcela significativa de profissionais afastados do serviço por terem contraído COVID; e
5) Vinte e sete por cento do efetivo total ter testado positivo para a doença, ou seja, uma média de contaminação quatro vezes maior do que a registrada na população acreana.