A pastora Karoline Campelo usou as redes sociais nesta quarta-feira, 3, para se manifestar contra a abertura das igrejas em meio ao decreto de lockdown nos fins de semana no Acre.
Segundo ela, a abertura deve ser igual para todos e não apenas para uma classe específica. “Quero aqui dizer que como pastora não concordo com esse decreto de abrir para as igrejas. Se vamos tirar alguns trabalhadores dos seus trabalhos, restringir os postos de gasolina, fechar os supermercados, porque beneficiar as igrejas se haverá também uma aglomeração e risco de contaminação?”, indagou.
Campelo contou que não é hora de pressionar os governantes para flexibilizar as igrejas. “É tempo da igreja entender o papel dela nesse tempo que estamos. Há muita discussão e barulho, e enquanto isso há muitas pessoas chorando com a morte de amigos e familiares, há trabalhadores sem o pão para colocar em sua mãe mesa, e comerciantes sem saber como arcarão com impostos”, declarou.
A pastora destacou que as igrejas deveriam transfer as reuniões de culto para a semana, de maneira igualitária. “Não é uma guerra política ou uma perseguição religiosa. Esse vírus está sujeito a todos. Todas as vezes que Deus entra com juízo nossa posição não é se opor a lei, mas nos humilharmos e colocarmos o nosso rosto em pó chamando a misericórdia, chorando pelo pecado do meu irmão. Somos um só corpo!”, disse.