Nível do rio Acre oscila na capital, mas segue abaixo da cota de alerta e desabriga 240 pessoas

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Mesmo estando abaixo da cota de alerta, Defesa Civil diz que situação ainda não está controlada e orienta que famílias atingidas não retornem para casa. Rio Branco tem seis abrigos ativos ainda, sendo que no Parque de Exposições estão abrigadas 32 pessoas.

Com as chuvas que continuam atingindo a capital acreana, o nível do Rio Acre tem oscilado e nas últimas 24 horas subiu 14 centímetros em Rio Branco. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 13,12 metros às 6h desta quarta-feira (3) e continua abaixo da cota de alerta, que é de 13,50 metros.

Mesmo fora da cota de alerta, 240 pessoas atingidas pela cheia ainda estão nos abrigos montados pela prefeitura da capital. Ao todo, a cidade tem seis abrigos, sendo o Parque de Exposições, quatro em escolas e uma igreja. Somente no parque estão abrigadas 32 pessoas.

Conforme os dados, às 18h de terça (2), o Rio Acre chegou a ficar a 30 centímetros de chegar à cota de alerta, e marcou 13,20. Mas, durante à noite, e madrugada, ele voltou a baixar.

Apesar dessa oscilação não ser tão expressiva, o coordenador da Defesa Civil Municipal, major Cláudio Falcão, diz que a previsão é de mais chuvas para os próximos dias e o rio pode, inclusive, voltar a ultrapassar a cota de transbordo, que é de 14 metros.

“Esse comportamento aqui em Rio Branco está dentro do esperado, porque temos muita oscilação em toda a bacia, na verdade, e também tem a questão das chuvas. Então, é uma instabilidade que estamos vivendo, tanto que tivemos dois transbordamentos somente em fevereiro. E é por isso que nós não podemos fazer determinadas operações agora, como retornar famílias, porque da mesma maneira que ele começou a ter essa vazante, ele pode retornar. Pelo menos até a primeira quinzena de março a previsão é de muita chuva”, informou Falcão.

A estimativa é que cerca de 19 mil pessoas estejam atingidas pela enchente do Rio Acre, entre moradores dos 22 bairros alagados da zona urbana e mais 21 localidades rurais da capital. Desse total de atingidos, cerca de 961 famílias são da zona rural de Rio Branco.

Nas últimas 24 horas choveu 10,50 milímetros. E, em 3 dias de março, foram registrados 41,7 milímetros de chuva, o que representa 15,5% do esperado para todo o mês, que é de 267,7 milímetros.

Calamidade pública

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu no último dia 22, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), estado de calamidade pública em 10 cidades do Acre atingidas por inundações causadas pela cheia dos rios no estado.

Os municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves enfrentaram dificuldades com parte da população desabrigada (encaminhada para abrigos) e desalojada (levada para casa de parentes).

O governador do Acre, Gladson Cameli, havia decretado calamidade em uma edição extra do Diário Oficial do estado (DOE) também no dia 22. A cheia dos rios chegou a atingir mais de 130 mil pessoas no Acre.

G1

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