Ministro da Saúde defende isolamento e diz a médicos ser contra tratamento precoce

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O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu hoje com chefes do Hospital das Clínicas e do Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, e disse aos médicos ser contra o chamado “tratamento precoce” para a covid-19, além de ter apoiado o uso de máscaras e o isolamento social como ferramenta principal no combate à pandemia no país.

O ministro visitou a Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), que reúne os dois complexos hospitalares, para pedir ajuda para alinhar um novo protocolo nacional de combate à doença nos hospitais do Brasil.

Presente na reunião, o infectologista Esper Kallás disse que o ministro prometeu “seguir a ciência” em sua gestão na pasta.

“O ministro é técnico, tem conhecimento médico e deixou claro a importância do isolamento social, do uso de máscaras e reconheceu a inexistência de um tratamento precoce para o vírus. Estamos no pior momento da pandemia. Se as coisas continuarem como estão, a previsão do futuro é ainda pior”, disse ao UOL o membro do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo.

A reportagem confirmou as declarações de Queiroga com outro médico do Hospital das Clínicas que preferiu não se identificar. O encontro foi realizado de forma presencial e com participações virtuais de outros profissionais da saúde, e durou pouco mais de uma hora.

Apesar de ter se posicionado contra um tratamento precoce na reunião, como já fez outras vezes publicamente antes de assumir o ministério, Queiroga foi descrito como “pouco objetivo” pelos médicos presentes no encontro ao ser questionado se abandonaria de vez a recomendação dos medicamentos de forma oficial no ministério.

UOL

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