CRM fiscaliza PS de Rio Branco e encontra profissionais exaustos, escalas no limite e falta de bomba de infusão

O Conselho Regional de Medicina do Acre fiscalizou, nessa quinta-feira (25), o Pronto Socorro de Rio Branco, uma das unidades referência para atendimento de pacientes com Covid-19 na capital acreana. A vistoria foi feita pelo conselheiro diretor Dr. Virgilio Prado que constatou uma unidade operando com lotação máxima e profissionais exaustos.

Não só médicos, mas enfermeiros e técnicos de enfermagem sobrecarregados pelo trabalho intensivo que os pacientes com a forma grave da doença demandam e com plantões em excesso. As escalas estão no limite, sem profissionais disponíveis para cobrir eventuais faltas ou afastamentos. Já há falta de técnicos de enfermagem levando a reduções temporárias do número de leitos.

A fiscalização faz parte do cronograma especial de ações durante a pandemia para verificar condições de trabalho, oferta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), fluxo de pacientes, situação de medicamentos e equipamentos.

Conforme o conselheiro, foi constatada a falta de bombas de infusão, que são usadas para auxiliar na aplicação de medicamentos em pacientes em tratamento intensivo da Covid-19, assim como a falta de equipos que são insumos descartáveis utilizados nessas bombas de infusão.

Com relação a medicamentos e demais insumos, foi informado ao CRM pelos profissionais do local que não havia nenhum em falta durante a vistoria e que, assim que estão perto de acabar, são feitas reposições de estoque. No caso de luvas de procedimentos, que chegaram a faltar durante esta semana, foram recebidas por meio de doação e a equipe aguarda chegada de mais unidades.

“Também foi conversado sobre o abastecimento de oxigênio. Nos informaram que a usina de oxigênio do hospital está sendo usada no nível máximo de sua capacidade. Ela comporta a necessidade desse momento, mas não há possibilidade de expansão de oferta de leitos com somente esta usina. A direção informou que para a próxima semana existe a previsão de instalação de uma segunda usina de oxigênio, tornando possível abertura de novas vagas de enfermaria”, informou o Dr. Virgilio Prado.