Covid: Brasil é o novo epicentro com 30% das novas infecções no mundo em 24 horas

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Com 2.207 mortos em 24h, país chega a 50 dias de média acima de mil

O Brasil atingiu hoje mais um recorde macabro na pandemia.

Pela primeira vez foram registradas mais de 2.000 novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Ao todo, foram contabilizados 2.349 óbitos, média diária de 1.645 mortes — mais uma marca negativa para o país.

O país soma 270.917 vítimas pela doença, com 11.205.972 infectados — 80.955 novos diagnósticos foram reportados desde ontem, (baseado nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde).

Este é o 12º dia consecutivo de recorde na média de mortes, com o país apresentando tendência de aceleração de 43% nas taxas. O país também chega ao 49º dia em que a média diária fica acima de mil — o período mais longo em toda a pandemia. Também é o 9º dia seguido com mais de mil óbitos em 24 horas

Novo epicentro, Brasil tem 30% das novas infecções no mundo em 24 horas

Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicados nesta sexta-feira apontam que o Brasil se consolida como o novo epicentro da pandemia e registrou, uma vez mais, o maior número de novas infecções pela covid-19 no mundo, no período de 24 horas.

De acordo com a entidade, foram registrados 71,7 mil novos casos em um dia, contra 65 mil nos EUA. O Brasil ainda representa 30% das novas infecções no planeta no período avaliado. No mundo, a OMS contabilizou 240 mil casos extras.

Mortes vão na direção oposta ao resto do mundo

Em termos de mortes, o Brasil está na segunda colocação em números diários. Na terça-feira, o Brasil registrou um total de 1,7 mil mortes, o maior número em 24 horas desde o início da pandemia. Na quarta-feira, mais um recorde foi batido, com 1,8 mil casos.

Pela contagem da OMS, foram 2,1 mil mortes nos EUA em 24 horas, contra 1,6 mil no Brasil. Mas, em seu informe epidemiológico semanal, a agência já havia indicado que o Brasil ia na contramão do mundo, com um salto no número de mortes no período entre 21 e 28 de fevereiro, enquanto a média global registrava um importante recuo.

No final da semana passada, o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, havia comentado a situação brasileira e indicado que o destino da pandemia no Brasil seria relevante para o mundo e classificou a crise no país de “tragédia”.

ADRIANO GONÇALVES
Instagram: @coach.adriano

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