Priscila Ribeiro, de 27 anos, passou 24 dias internada em um hospital de Rio Branco para tratar uma pneumonia e um derrame pleural.
A arquiteta acreana Priscila Ribeiro, de 27 anos, uma das primeiras infectadas pelo novo coronavírus no Acre, em março de 2020, passou um susto no início deste ano. Ela ficou 24 dias internada em um hospital de Rio Branco para tratar uma pneumonia e um derrame pleural.
Nove meses após ter contraído a doença, Priscila acredita que pode ter tido uma sequela ou ter sido reinfectada. Quando teve a doença em 2020, ela diz que teve sintomas leves e não chegou a ser internada. Ela conta que o susto mesmo foi por ter sido um dos primeiros casos da doença no estado.
“Foi mais o susto do início. No Acre ainda não tinha casos confirmados, quando cheguei de viagem, estava aquela tensão porque em São Paulo estava começando a fechar tudo. Quando cheguei no Acre, comecei a tomar os cuidados, me isolei, e logo depois começaram a surgir os primeiros casos, eu fui a décima confirmada”, relembrou.
Porém, em janeiro deste ano ela afirma ter sentido alguns sintomas, mas não achou que fosse Covid, ainda chegou a fazer um teste, que deu negativo. Mas, com o passar dos dias, as sequelas apareceram.
Já no início de fevereiro deste ano, Priscila conta que fez a sorologia e apresentou a presença de anticorpos. “Antes, entre março de dezembro de 2020, cheguei a fazer teste para saber de anticorpos e não tinha mais e, em fevereiro tinha, então, significa que pode ter sido uma reinfecção,” diz.
A arquiteta afirma que não comuniquei à Secretaria de estado de Saúde do Acre (Sesacre) a suspeita de que teria sido infectada novamente pela Covid-19, pois, segundo ela, quando desconfiou já não estava mais com vírus.
Os sintomas da pneumonia e do derrame se intensificaram e ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois transferida para um hospital particular.
“Comecei a sentir fortes dores e a ter falta de ar e demorei um pouco para ter um diagnóstico. Quando tive, foi de pneumonia e derrame pleural e passei, no total, 24 dias internada, entre a UPA e o Santa Juliana. Tratei a pneumonia e o derrame, os médicos não fizeram a drenagem do líquido e depois de tudo isso, ainda sinto falta de ar, dor. Então, é algo que vou continuar tratando, porque ficou uma sequela maior”, explica.
A arquiteta conta que nunca tinha passado por uma situação semelhante e diz que redobrou os cuidados.
“Nunca passei por uma situação de internação e foi bem assustador ficar em um ambiente hospitalar em momento de pandemia e debilitada, com medo de infecção, algo nesse sentido. Estou assustada, me cuidando mais, bem preocupada, principalmente pela Covid por estar atingindo mais os jovens.”
Alívio
Na volta para casa, ela diz que o momento foi alívio. Ela aconselha para que quem puder se cuidar, faça da melhor forma e siga todos os protocolos sanitários.
“É muito bom estar em casa, a gente se sente muito invadido, e, chegar em casa, estar no conforto de casa e ter o apoio da família e ter todo suporte é bom demais. A gente se sente muito culpado, a gente acha que a máscara está funcionando e acaba fazendo um monte de coisa errada. Então, a gente não pode aliviar mais, só vamos sair dessa se nos isolarmos e entendermos a gravidade da situação”, conclui.
G1