Vacinação na aldeia indígena Umariaçu, próximo a Tabatinga, Amazonas.
O governador do Acre, Gladson Cameli, afirmou na tarde de segunda-feira (22) que o Acre tem cerca de 13 mil doses de vacina contra Covid-19 que estão paradas esperando o público indígenas para vacinação nas aldeias acreanas.
Cameli chegou a dizer que não tem o poder de obrigar ninguém a tomar a vacina: “Recebi a informação que a equipe de saúde nas aldeias tem sofrido restrições por parte dos indígenas. Não tenho o poder de obrigar ninguém a tomar a vacina”, disse o governador.
Segundo informação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) o que falta é uma solicitação do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) para dar início à próxima etapa de vacinação.
De acordo com a representante do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre, Renata Quiles, o quantitativo corresponde à segunda dose das vacinas dos indígenas. “Estão armazenadas na Central Estadual aguardando a solicitação dos DSEIS que são responsáveis pela vacinação deste público. O estado distribui mediante a solicitação deles”, explica Quiles.
Uma informação que teria saído extraoficialmente era de que as doses armazenadas teriam sido recusadas por indígenas após fake news sobre efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus.
Dados apontam que a vacinação das tribos é a mais lenta do Brasil. As doses destinadas aos indígenas não podem ser repassadas para outros grupos.