A Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas do Acre repudiaram, na manhã de sexta-feira (26), a exoneração do jornalista João Renato Jácome que foi demitido pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, por ter perguntado, na última quarta-feira (24), ao presidente Jair Bolsonaro sobre o sigilo processual envolvendo o filho dele acusado de praticar “rachadinha”.
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O jornalista, que está em transição de carreira havia sido nomeado como chefe de gabinete na Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco, não estava em horário de serviço quando fez um freelancer para um jornal do Sudeste do país. O presidente ficou descontente com a pergunta e na ocasião encerrou a entrevista. Bocalom exonerou o jornalista no mesmo dia e a publicação saiu no dia seguinte.
Veja a nota da Fenaj e Sinjac na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac), por meio de seu representante, o presidente Victor Augusto Nogueira de Farias, vêm a público repudiar a atitude covarde e a prática de censura do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que deveria defender e garantir direitos conquistados pela sociedade.
A Fenaj e o Sinjac manifestam repúdio contra a exoneração do jornalista João Renato Jácome de Andrade, publicada na edição do Diário Oficial do Acre desta sexta-feira (26), por ter exercido o dever de questionar fatos durante coletiva de imprensa do presidente Jair Bolsonaro.
Com este violento ataque ao jornalismo, o prefeito Tião Bocalom afronta a liberdade de imprensa e o direito de acesso à informação garantidos pela Constituição.
As direções da Fenaj e do Sinjac exigem a anulação do ato e a reintegração imediata do profissional aos quadros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Fenaj e Sinjac