Parece que lua de mel entre o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), e os verealores da capital está chegando ao fim. Bocalom começou a receber as primeiras críticas à sua gestão que completou 48 dias nesta quinta-feira (18).
Uma das áreas mais criticadas pelos parlamentares é a saúde. O vereador Adailton Cruz, enfermeito e presidente do Sindicato dos Trbalhandores em Saúde do Acre (Sintesac), afirmou que Bocalom ainda não se encontrou no seu mandato de prefeito da capital acreana.
“Até o momento a gestão do Bocalom ainda não se encontrou no sentido de gestão em saúde. A estrutura e os gestores designados para o setor tem muita limitação técnica e precisam de ajuda pra organizar e otimizar esse processo, mas não estão aceitando essas ajudas. Eles não conseguiram ainda definir sequer o processo de gestão das unidades de ponta, as URAPs, as policlinas, não conseguiram concluir o plano de contingência de dengue, e também não conseguiram ainda apresentar um plano de imunização dos trabalhadores e da sociedade de Rio Branco contra a Covid 19”, afirmou Adailton.
Para o vereador, a equipe de Bocalom é limitada, apesar de esforçada. “Nós estamos torcendo que eles se encontrem, mas até o momento as ações elas estão sendo somente imediatista. Surge um problema grave eles vão lá tentam diminuir mas não tem aquele planejamento que traga segurança tanto para profissionais que estão na assistência quanto pra população. Nós solicitamos ai ao próprio prefeito o plano de imunização para o município contra o Covid, solicitamos que eles apliem as unidades de referência pra atender os casos de Covid, solicitamos também que apliem as unidades de referência para atender os casos de Covid e não fique mais só na URAP Maria Barroso. Que tenha mais uma unidade porque o sistema estadual de saúde está em blecaute”, disse o vereador.
Segundo o parlamentar, o município precisa desafogar isso com assistência mais precoce, uma consulta com exames e medicamentos. “Só a Maria Barroso não está dando conta. Já fizemos esse pedido e não tivemos resposta. E isso era pra fazer parte do plano de contingência. Nós fizemos a solicitação para que o Barral y Barral e o Cláudia Vitorino passagem a atender somente os casos de dengue, inclusive com hidratação os casos moderados nos feriados e até as 22hs todo dia. Até agora só acenou com o Barral y Barral. Na verdade eles estão se encontrando ainda. Ainda precisam melhorar e melhorar muito. Espero que eles mudem nos próximos dias porque do jeito que ta eles colocam em risco a população”, conclui.
O vereador também crítica a falta de aparelhamento com a saúde estadual. “O sistema estadual de saúde sempre foi frágil. Não tem estrutura pra atender a população que temos. Nosso sistema é infinitamente inferior ao mínimo recomendado pelo Organização Mundial de Saúde. Nos temos uma estrutura para atender metade da população. Então essa estrutura esteve sempre a beira do caos. Com a pandemia isso escancarou. Hoje a situação é de blecaute total. Temos hoje em média 150 UTIs que foram criadas. Antes da pandemia tínhamos 60 leitos de UTI. Mas pra você ter uma ideia, mesmo sem pandemia, a recomendação é que tivéssemos pelo menos 300 leitos de UTI. Então nosso sistema é muito abaixo. A incidência dos casos aumentou muito, saturando os hospitais, o público e o privado também. Se não houver mais abertura de leitos, daqui uns dias vamos ter que transferir pessoas para outros estados”, afirmou.
Com informações Acre News