Após denúncias de fura filas, Defensoria cobra da Semsa informações sobre vacinação em Rio Branco

Secretaria de Saúde de Rio Branco tem cinco dias para responder às solicitações. Demais municípios também serão notificados

A Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC), por meio do Subnúcleo de Saúde Pública, oficiou a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco solicitando informações referentes ao plano de vacinação da covid-19. A notificação foi enviada em caráter de urgência nesta segunda-feira, 8, a partir de questionamentos da população, que tem procurado a Defensoria para buscar informações sobre a distribuição das vacinas.

A DPE/AC solicita que sejam informados quais os motivos que levaram o Município a deixar de registrar a aplicação das doses de modo nominal e individualizado, por meio de cadastro no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).

A instituição requer que seja incluído no Plano de Operacionalização para Vacinação contra a Covid-19 no Município de Rio Branco o conceito de “trabalhador de saúde”, indicando de forma clara e precisa quais áreas de atuação de cada profissional, com a lista nominal de todos os contemplados com a primeira remessa das doses, indicando respectivas matrículas, cargo, lotação e a atividade exercida.

Outra recomendação é que seja priorizada a vacinação dentre os trabalhadores de saúde, daqueles mais vulneráveis à covid-19, a exemplo de idosos e que apresentem comorbidades. Os municípios deverão informar, ainda, quais são os povos indígenas aldeados aptos a tomarem a vacina, quantitativo e localização geográfica.

A coordenadora do Subnúcleo de Saúde Pública, Juliana Marques Cordeiro, requer informações desta movimentação a cada recebimento de doses da vacina, o quantitativo exato recebido e a forma de distribuição, indicando os municípios contemplados.

“A população está em dúvida sobre quem está tomando a vacina e onde está sendo aplicada. Estamos recebendo inúmeras mensagens solicitando estas informações. Nosso papel é requerer estes dados para atender o anseio da comunidade e ajudar no que for preciso”, explica a defensora Juliana Marques.

Os municípios terão um prazo de 5 (cinco) dias para enviar relatório com as informações e providências técnicas solicitadas.