Representares da Associação Comercial (Acisa), da Federação das Indústrias (Fieac), Federação do Comércio (Fecomércio), Federação das Associações Comerciais (Federacre) e do Sebrae, se reuniram na manhã de sábado, 30, com membros da governo do Estado e do Comitê Especial de Acompanhamento da Covid.
Durante a reunião, realizada na Acisa, foram apresentados dados referentes aos casos, internações e previsões para os próximos dias.
Diante do quadro apresentado e com as projeções para os próximos dias, os representantes das entidades empresariais, solicitaram ao procurador-geral do Estado, João Paulo Setti, uma readequação no decreto governamental, para evitar o fechamento total do comércio.
“Nós somos solidários as famílias que perderam seus entes queridos e aquelas que sofrem com a Covid-19. Sabemos que o momento exige muita atenção e união de todos nós. Assim, precisamos buscar alternativas para evitar uma crise ainda maior. Por isso, estamos propondo alternativas para que o comércio continue funcionando, seguindo todas as orientações dos órgãos competentes”, explicou o presidente da Acisa, Marcello Moura.
Os presidentes apresentaram como proposta ao governo a realização de blitz de educativas para fiscalizar a utilização de EPI’S, por parte dos trabalhadores e do público em geral, o fechamento do comércio e serviços não essenciais, somente aos domingos e possível auxílio para cestas básicas que seriam distribuídas aos funcionários do comércio.
O procurador geral do Estado, João Paulo Setti, disse que diante dos levantamentos feitos pelo Comitê de Acompanhamento à Covid, o governo precisa adotar medidas para evitar o colapso no Sistema de Saúde.
“Nossa equipe tem feito um trabalho minucioso acompanhando a pandemia em todos os municípios. Estamos numa crescente do número de casos e ainda com alerta ligado para possíveis casos de infecção pela nova variante do vírus. Mas, toda decisão, mesmo que necessária, só será tomada depois de ouvirmos as entidades”, explicou.
A expectativa é que o governo anuncie já no início da semana a nova classificação das regionais, com a publicação de um novo decreto sobre o funcionamento do comércio e das repartições públicas.
Para os empresários, é possível a adoção de medidas mais rígidas, evitando a aglomeração de pessoas, com o comércio funcionando com todas as medidas de segurança e higiene estabelecidas pelos órgãos de Saúde.
O que eles disseram:
“Entendemos que medidas para conter a pandemia são necessárias e urgentes. Não podemos perder mais vidas. Temos um Sistema de Saúde que não suporta, de acordo com os dados apresentados, mais duas semanas nesse ritmo de casos. Mas, precisamos unir forças e buscarmos alternativas para evitar mais prejuízos a curto, médio e longo prazo”. Leandro Domingos, presidente da Fecomércio
“Diante desse problema que traz tantos prejuízos para todos nós, precisamos encontrar meios para diminuir a contaminação e, consequentemente, as internações e mortes. Mas, sempre olhando para quem gera emprego e precisa manter seus negócios funcionando. O momento exige de nós muito diálogo”. José Adriano, presidente da Fieac.
“Pelo atual cenário, precisamos agir rápido para evitar a saturação do Sistema de Saúde. Porém, não podemos agir no impulso sem pensar em alternativas para nossos empreendedores. É fundamental o apoio do Poder Público no que diz respeito aos prazos para pagamento de impostos e financiamentos, por exemplo. Um comércio fechado representa prejuízos para o empreender, para o trabalhador e para o Estado”. Marcos Lameira, presidente do Sebrae.
“É um momento que precisamos agir com cautela, tentado ser otimistas, mas sempre buscando, de alguma forma, alternativas para evitar que a crise seja ainda maior. Tenho certeza que, com diálogo, podemos encontrar alternativas para que nosso comércio continue funcionando e juntos possamos adotar medidas para combater e acabar com essa pandemia”. Rubenir Guerra, presidente da Federacre.