Ponte do Madeira não ficou pronta em 2020 e DNIT diz não ter data para conclusão

O superintendente do DNITT em RO, André Santos, informou que uma reunião será feita com a construtora para saber os motivos do atraso nas obras

O povo de Rondônia ao que tudo indica terá que aguardar mais um bom tempo para ver concluída a ponte sobre o Rio Madeira, e seus acessos na BR-364, no distrito de Abunã, em Porto Velho.

No ano passado, no mês de novembro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, fez uma visita técnica na obra e anunciou a data para a conclusão da ponte, causando grande expectativa entre rondonienses e acreanos, já que essa é principal ligação do Acre com o restante do país.

“Essas obras vão trazer dignidade para o povo do Norte. Elas se tornaram prioridade no Governo Federal e estamos aqui para cumprir nosso compromisso com a integração brasileira. Esperamos que até dezembro possamos entregar essas melhorias à população”, declarou o ministro Tarcísio, na época.

Mas 2020 acabou e a ponte não foi concluída, prejudicando a população dos dois estados, em especial, em um período de pandemia quando muitos necessitam se deslocar para tratamento de saúde e encarecendo os produtos que chegam ao Acre, via BR 364.

Em Rondônia, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), André Santos, que não existe uma data para entrega dos trabalhos e nem o motivo do atraso na obra, já que foi prometida a conclusão pelo ministro em dezembro do ano passado.

“Estamos alinhando o cronograma com a construtora, assim que tiver a data, ainda nessa semana aviso. Até sexta-feira (8), será exposto o cronograma e os motivos do atraso nas obras”, declarou André, sem entrar em detalhes.

Aos rondonienses e acreanos só resta aguardar e torcer para que essa não seja mais uma obra pública de importância vital para os dois estados que se perdeu na burocracia do Governo Federal.

Números

A ponte terá extensão total de 1084m e 14,5m de largura. Do lado de Rondônia, o acesso terá 440m de elevado, além de 1400 metros de pista, sendo necessários 280 mil m3 de aterro. São mais 980m de acesso do lado do Acre.

Por conta do aumento da cota do reservatório da hidrelétrica de Jirau, houve uma cheia histórica, que gerou algumas determinações por parte da Agência Nacional de Águas – ANA para a Empresa Energia Sustentável do Brasil – ESBR. A agência solicitou alteração no projeto e o custo adicional de revisão será arcado pela ESBR. Com informações da Tribuna.