Segundo matéria divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, as apurações de “rachadinhas” têm se espalhado pelo Brasil. Faltando poucos dias para acontecer a votação para as eleições municipais, a notícia de que a polícia estava fazendo buscas e apreensões de pessoas suspeitas de estarem ligadas ao esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Acre deixou a política agitada na época.
A Operação deflagrada pela polícia no dia 29 de outubro, que recebeu o codinome de Dirty Safe, foi responsável pelo afastamento do presidente da Casa legislativa do Acre, o deputado Nicolau Júnior (PP).
A polícia apuoua também o envolvimento de outros deputados no esquema.
A Operação Dirty Safe que aconteceu no Acre poderá se estender por todo país.
Nos últimos anos, investigações quanto à suspeita de “rachadinha” têm sido recorrente e consiste no desvio de dinheiro público através dos salários pagos para funcionários ligados aos gabinetes dos parlamentares. Em alguns casos estes salários são pagos para pessoas que nem se quer trabalham como assessores, os quais são chamados pela Justiça de funcionário fantasma.
Vários casos são investigados
De acordo com os relatórios de registros mencionados pelo jornal Folha de S.
Paulo, entre casos, operações policiais, denúncias feitas pelo Ministério Público, condenações na Justiça, houve prática do crime em 21 das 27 unidades federativas.
Alguns dos casos vêm sendo investigados há muito tempo e entre estes casos suspeitos estão o que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que vem sendo investigado desde época que os outros parlamentares vêm sendo investigado, indiciados, julgados e condenados ou até absolvidos de investigações anuladas.
No mês de novembro de 2020, os parlamentares votaram na tentativa de anular a decisão da Justiça sobre o afastamento de Nicolau e medidas cautelares contra outros políticos que estão na condição de suspeitos em esquema de “rachadinha”.
Os advogados de Nicolau se manifestaram sobre o assunto e disseram que a Justiça não encontrou provas suficientes para tomar qualquer decisão contra o deputado.
Erick afirmou que Nicolau sempre esteve à disposição da Justiça para esclarecer qualquer fato desde quando começaram as suspeitas.
Já Flávio Bolsonaro foi indiciado através da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro que o acusou de ter chefiado uma organização criminosa com o objetivo de receber um terço do salário que era pago para seus ex-assessores na época em que era deputado estadual.
Quem também foi denunciado na Casa legislativa do Rio de Janeiro foi o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), que responde pelos mesmos crimes que vem sendo acusado o senador Flávio Bolsonaro.
A defesa de Pacheco se manifestou na época e disse que confia na Justiça e nos órgãos judiciários que estão a frente do caso e afirmou que o deputado não se beneficiou, apropriou ou consentiu com o desvio de recurso público.
Folha S. Paulo