Escolas acreanas receberão reforço de internet e poderão ter ensino de robótica

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O acesso à internet para escolas rurais e o ensino de robótica para alunos do ensino médio no Acre foram reivindicações feitas ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelo vice-governador, Major Rocha, em audiência nesta terça-feira, 5, juntamente com a deputada federal Mara Rocha e o representante do governo do Acre em Brasília, Ricardo França. O encontro aconteceu no Ministério da Educação.

O reforço de internet abrange as escolas Santiago Dantas, Irene Dantas, Cláudio Augusto, Dalva de Souza, Major João Câncio e Boa Fé II, ao longo da rodovia Transacreana. Conforme a Secretaria de Educação do Acre (SEE), essas escolas, com exceção da Boa Fé II, já têm acesso à internet, mas a conexão, de apenas 2 gigabytes, só atende a área administrativa, dificultando o acesso aos alunos, além da comunidade em volta.

“São escolas de áreas distantes, onde a telefonia chega mal e o acesso à internet é fundamental para o aprendizado moderno e mesmo para a comunidade em volta, no acesso aos serviços públicos”, explicou o vice-governador.

A deputada Mara Rocha lembrou que fez essa reivindicação em julho passado, destacando as dificuldades de comunicação nas escolas construídas em áreas de floresta e a importância da inclusão digital “no apoio pedagógico para alunos e professores, igualando a informação aos estudantes dos centros urbanos, além de servir, também, para as comunidades próximas”, disse.

O representante do governo do Acre em Brasília, Ricardo França, informou que o governo, por meio da Secretaria de Educação, já alertou o MEC sobre o problema, vem reivindicando aumento na capacidade de transmissão do sinal dessas escolas e está elaborando um relatório sobre o assunto. “Ao mesmo tempo, busca alternativas, inclusive por meio de emendas parlamentares, para garantir inclusão digital para todas as escolas do Estado”.

De acordo com o ministro da Educação, o programa Educação Conectada está sendo reformulado para permitir alcançar maior número de escolas e aquelas onde não for possível levar internet por fibra ótica poderão receber o sinal por satélite. A ideia, segundo ele, “é que, além dos benefícios diretos para as escolas, elas se tornem um hub (uma espécie de concentrador que agrega computadores em uma rede local) para levar acesso à comunicação para as comunidades”.

Robótica

Sobre o ensino de robótica, a ideia, segundo o vice-governador, “é que ele seja introduzido inicialmente como um piloto nas escolas cívico-militares para alunos do ensino médio, aproveitando e incentivando o potencial dos estudantes, fortalecendo essas escolas e permitindo um modelo de desenvolvimento social e econômico para o Estado e para o País”.

“Essa é uma ação cujo primeiro piloto seria desenvolvido ainda em 2020 e não ocorreu em virtude da pandemia. Agora precisamos de todo o apoio neste sentido”, reforçou Ricardo França.

“Daremos todo o apoio às iniciativas solicitadas”, destacou o ministro da Educação. No caso do ensino de robótica, explicou que ele pode ser realizado por meio de parcerias com organizações e instituições parceiras, a exemplo do que ocorre com o programa Ensino Médio em Tempo Integral, que está em fase de reorganização.

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