Enem: 1° dia de provas tem abstenção recorde de 51,5% e alunos barrados por conta de superlotação nas salas

Em meio à celebração da aprovação de duas vacinas no Brasil, estudantes de todo o país tiveram que aguardar para comemorar a notícia, já que neste domingo (17) ocorreu o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, principal vestibular brasileiro e comprovação de finalização do ensino médio. O primeiro dia de prova teve um recorde de abstenção, já que 51,5% dos alunos não realizou o exame, e mesmo assim, em alguns estados houve superlotação de salas, que impediu diversos estudantes de entrarem em suas salas e fazer a prova.

Neste primeiro dia de prova, os alunos que conseguiram realizar a prova resolveram questões de linguagens e ciências humanas, bem como uma redação sobre o estigma das doenças mentais no Brasil. Em todo o país, estudantes aprovaram a presença de perguntas sobre desigualdade salarial entre Neymar e Marta, Insurreição Pernambucana, independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa, reformas macroeconômicas e problema do trabalho escravo em nível global. A segunda prova será realizada no próximo domingo (24), focada em ciências da natureza e matemática.

Originalmente, a prova estava prevista para ocorrer em novembro, mas foi adiada. Em todo o país, diversas pessoas se movimentaram exigindo uma nova data de prova devido ao alto risco de contaminação. Entretanto, o exame só foi suspenso em 58 cidades, sendo 56 do Amazonas e duas de Rondônia.

Os alunos que não compareceram devido ao quadro de coronavírus tiveram a chance de fazer a prova em outra data, caso apresentassem laudos médicos ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esse foi o caso de cerca de 8 mil alunos em todo o país, que farão a prova em 23 e 24 de janeiro.

Quem também espera poder realizar a prova nesta data são os alunos que foram barrados de suas salas de aula. Estudantes do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo afirmaram que não puderam entrar em suas salas para realizaro exame, já que os fiscais avisaram que ali não havia sido previsto a lotação, e por isso, estes alunos “barrados” precisariam se informar sobre uma reaplicação da prova.

Em visita a um local de prova em Goiânia (GO), Milton Ribeiro, ministro da educação, admitiu que houve dificuldades na aplicação deste domingo. “Claro que, no meio dessa pandemia, houve alguns ruídos, dificuldades, que vão ser averiguados”, afirmou. Até o momento de publicação desta nota não foram divulgadas informações voltadas para os alunos que precisarão fazer a prova por terem sido barrados dos locais de exame por conta da lotação.